A Beija-Flor, que foi a última a passar pelo Sambódromo este ano, é a campeã do Carnaval do Rio 2018. A escola fez um paralelo entre o romance Frankenstein de Mary Shelley, que completa 200 anos este ano, com os problemas sociais do país. 

Famosa por ganhar títulos pelo seu luxo e requinte, a Beija-Flor escolheu sair do seu tradicional e entrou na avenida representando a violência do Rio, os protestos e a crise política do país, com o enredo “Monstro é Aquele Que Não Sabe Amar”.

O destaque das alegorias foi um rato gigantesco movendo o Brasil. A capital do país, Brasília, chamada no enredo de A Capital dos Monstros, veio no mesmo carro dos presídios, retratados como universidades do crime. O prédio da Petrobras se transformou em uma favela, que passou a ideia do empobrecimento da população por causa dos corruptos. A escola ainda condenou o racismo, a homofobia e o ódio, no carro alegórico com Pabllo Vittar.

Quem também desfilou em tom de protesto e carregada de críticas ao Governo foi a novata no grupo das principais do Rio, Paraíso do Tuiuti, eleita vice-campeã com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” e críticas à reforma trabalhista.