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Legisladores do Parlamento Europeu oficializaram na terça-feira(14), a decisão de banir a venda de carros movidos a combustíveis fósseis na União Europeia a partir de 2035.  O texto é mais uma ofensiva do continente para conter as mudanças climáticas e atingir uma meta ambiciosa de redução nas emissões de carbono — de 55% até 2030.

“Chegamos a um acordo histórico, que concilia o automóvel e o clima”, afirmou a eurodeputada ecologista Karima Delli, presidente da Comissão de Transporte. A medida foi aprovada por 340 votos favoráveis, 279 contrários e 21 abstenções. A oposição foi protagonizada pelo Partido Popular Europeu (PPE), principal sigla conservadora da Eurocâmara.

As novas regras estipulam que, até 2035, as montadoras devem cortar totalmente as emissões de CO2 dos carros novos vendidos, o que tornaria impossível a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis no bloco de 27 países.

Com diversas montadoras no continente, a exemplo de Volkswagen, Renault e Mercedes, a UE é o maior bloco comercial do mundo e o novo acordo deve ditar tendência para os padrões internacionais nos próximos anos.

Apesar da oposição do Partido Popular Europeu, em função do possível impacto que a decisão possa ter nos empregos das fábricas de automóveis, as metas estimulam a inovação para a indústria automobilística e devem abaixar os preços dos carros com emissão zero para os consumidores.

De olho no movimento, empresas como a Ford já estão se antecipando. A norte-americana, por exemplo, pretende investir US$ 50 bilhões nos próximos anos, inclusive em uma nova fábrica. O montante, considerando os custos bem mais altos desse tipo de produção, já gerou o corte de 3.800 empregos na Europa.