Após o voto do ministro Celso de Melo (STF) favorável aos mensaleiros – que agora terão direito a um novo julgamento-, o PSB entregou seus ministérios à presidente Dilma Rousseff (PT). O governador do Ceará, Cid Gomes, que preside o PSB local, foi o único que se manifestou contra. Agora, diz que avaliará possível saída do partido.

“Vou pensar. Há muito fígado e pouca razão”, afirmou Cid, em entrevista ao jornal Correio Braziliense. O cearense defende “a tese de que devemos usar a cabeça”. O PSB defende candidatura própria à Presidência da República, encabeçada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Cid, por sua vez, defende a reeleição de Dilma.

Cid retorna de Brasília e vai se reunir com a cúpula do partido no Estado para tomar e avaliar as decisões.

O deputado José Guimarães, líder do PT na Câmara Federal, disse que os cargos do PT no Governo do Estado estão à disposição do governador. A declaração foi em resposta ao comentário do líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), defendendo que o PT  também deveria devolver os cargos que possui nos governos estaduais do PSB. Atualmente, o Partido dos Trabalhadores participa do Governo Cid na Secretaria do Desenvolvimento Agrário, com Nelson Martins, e da Educação, com Izolda Cela. 

Entre os cargos do PSB no Executivo federal estão o Ministério da Integração (Fernando Bezerra), a presidência da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (João Bosco), e a Secretaria Especial dos Portos (Leônidas Cristino), este último cearense e bastante ligado a Cid.

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