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Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 29, o vice-prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição, Élcio Batista (PSDB), atribuiu ao ex-governador e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), a responsabilidade pelo rompimento da aliança histórica entre PT e PDT no Ceará. Batista afirmou que a separação não foi uma iniciativa do grupo político do qual faz parte, que inclui o prefeito José Sarto (PDT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).

“Eu não estava lá. Eu estou onde sempre estive. Eu apoiei a eleição e reeleição do Cid; fui secretário-executivo na gestão do Cid. Coordenei o plano de governo do Roberto Cláudio, inclusive com o pai do Camilo, Eudoro. Em 2014, coordenei novamente o plano de governo do Camilo com apoio de RC, Cid e Ciro. Em 2018, mais uma vez, coordenei parte da campanha de reeleição do Camilo. Em 2020, fui candidato a vice com apoio do Camilo no 2° turno”, destacou Élcio.

Ele prosseguiu, enfatizando que a ruptura partiu de Camilo Santana: “Então, quem mudou de lado? Quem rompeu e propôs não fomos nós, não foi Ciro, não foi Élcio, não foi Sarto, não foi o RC. Quem propôs a ruptura foi o Camilo. Quem tem que se explicar é o Camilo, não eu. O lado que estou é exatamente o mesmo e minha diferença em relação ao Camilo, e ao que ele pensa, é de método”.

O vice-prefeito também acusou os ex-aliados de buscarem o “poder pelo poder” e destacou que essa não é a sua postura na política. “Eu não trabalho na perspectiva do poder pelo poder. Só continuarei na política até quando eu puder fazer, me dedicar e me entregar. No dia em que não tiver essa capacidade, terei a hombridade de sair da política. Eu não preciso do poder pelo poder, quem precisa são eles. Por isso eles mudaram de lado. Essa pergunta tem que ser feita para eles. Quem tem que responder é o Camilo, quem tem que responder é o Eudoro”, reforçou em entrevista , à rádio O Povo CBN.

Nas eleições de 2024, PT e PDT estarão em lados opostos, com José Sarto (PDT) e Evandro Leitão (PT) representando os dois grupos que outrora caminharam juntos, mas que agora competem pelo comando da capital cearense. Além deles, a disputa incluirá nomes da direita como Capitão Wagner (UB), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo).