BANCO CENTRAL
“A ata do Copom indica claramente que estamos aguardando novos dados”, diz Galípolo
Por Redação - Em 19/08/2024 às 2:18 PM

O diretor alertou contra a tentativa de prever a decisão do Copom com base em uma única variável e garantiu que o Banco Central se prepara para lidar com mudanças abruptas no cenário econômico FOTO: Agência Brasil
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, enfatizou, nesta segunda-feira (19), a importância de aguardar novos dados econômicos para decidir o futuro da taxa Selic. Em sua participação em um evento em Belo Horizonte, Galípolo explicou que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que a decisão sobre a Selic será influenciada pelas informações que surgirão até a próxima reunião, marcada para setembro.
“A ata do Copom indica claramente que estamos aguardando novos dados. Há uma série de informações que serão divulgadas até lá, e iremos para a próxima reunião com as opções ainda em aberto”, afirmou o diretor.
Galípolo também abordou o cenário atual do Copom, que nos últimos 120 dias passou de um ciclo de cortes de juros para considerar outras possibilidades, incluindo o aumento das taxas. Ele destacou que, com quatro semanas restantes até a próxima reunião, o comitê continuará a avaliar uma gama de variáveis econômicas. “Embora haja a possibilidade de diferentes cenários, é importante lembrar que ainda temos um mês até a próxima reunião e várias variáveis precisam ser analisadas”, acrescentou.
O diretor alertou contra a tentativa de prever a decisão do Copom com base em uma única variável e garantiu que o Banco Central se prepara para lidar com mudanças abruptas no cenário econômico. Entre os fatores que serão observados estão os índices IPCA e IPCA-15, dados do Caged e Pnad, o crescimento do PIB e as declarações do presidente do Federal Reserve dos EUA.
Sobre as recentes mudanças nas perspectivas econômicas, tanto internacionais quanto nacionais, Galípolo destacou a postergação do início do ciclo de cortes de juros nos EUA, a piora nas previsões de inflação no Brasil e a melhora nos indicadores de crescimento do PIB como elementos que influenciam a nova perspectiva para a taxa de juros. Além disso, mencionou uma “redução marginal” nas previsões de inflação para 2025, conforme mostrado na pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje.
O diretor concluiu que o cenário para a Selic permanece em aberto e que o Banco Central continuará monitorando todos os dados relevantes para tomar a decisão mais informada possível na próxima reunião do Copom.
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