
Eleição na Câmara
União Brasil recua e deve apoiar Hugo Motta para presidência da Câmara dos Deputados
Por Redação In Poder - Em 01/11/2024 às 9:00 AM

Foto: Agência Câmara
Nesta quinta-feira, 31, a direção nacional do União Brasil sinalizou uma mudança estratégica na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, indicando que pode abandonar a candidatura de Elmar Nascimento (BA), atual líder do partido na Casa, para apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB). Em reunião de sua executiva, a legenda formou uma “delegação” para negociar formalmente o possível endosso a Motta, que se destaca como favorito após reunir apoios de diversas bancadas em um movimento que também conta com o respaldo de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara.
Após a reunião, Elmar Nascimento afirmou que segue como candidato, mas demonstrou flexibilidade em relação ao apoio do partido. O parlamentar destacou que sua candidatura representa não apenas sua vontade, mas a de todo o União Brasil e dos aliados que o apoiam, reiterando que qualquer decisão final passará pelo aval da bancada. Nascimento adiantou que conversará com Motta e outros nomes envolvidos nas articulações para avaliar a melhor posição da sigla, com uma nova reunião marcada para a próxima terça-feira (5), quando a legenda poderá formalizar seu apoio ao candidato do Republicanos.
O recuo do União Brasil ocorre no contexto de uma rápida desidratação da candidatura de Elmar Nascimento nos últimos meses. Antes tido como favorito de Lira para a sucessão na Câmara, o deputado baiano viu seu nome perder força após o alagoano transferir seu apoio a Hugo Motta. O movimento de Lira, junto ao apoio de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, reorientou a disputa, levando Motta a consolidar apoios que incluem bancadas como a do PL, PT e MDB, além de outras legendas de centro e centro-direita.
Com o fortalecimento de Motta, o União Brasil vê no apoio ao deputado uma chance de garantir espaço na Mesa Diretora e no comando de comissões estratégicas, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A sigla considera que, caso opte por uma candidatura independente e Motta vença, pode perder influência nas decisões da Casa. Dessa forma, a delegação do União — formada por Antonio Rueda, presidente do partido; ACM Neto, vice-presidente; e o próprio Elmar Nascimento — estará encarregada de conduzir as negociações para avaliar o melhor posicionamento para a legenda.
A candidatura de Hugo Motta, que agora atrai a maior coalizão na Câmara, conta com 323 deputados federais a seu favor, incluindo o apoio formal de PT, PL, PP, MDB, Republicanos e outros partidos. Com esse bloco, Motta desponta como favorito para a eleição em fevereiro de 2025, precisando de uma maioria absoluta de 257 votos para vencer no primeiro turno. Caso eleito, ele comandará a Casa entre 2025 e 2026, com prerrogativas para definir a pauta e coordenar os trabalhos legislativos no período.
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