A medida reflete um processo de reestruturação que visa consolidar o controle do Grupo J. Safra sob a liderança dos membros da família, após a morte de Joseph Safra em 2020.

O Banco Central aprovou uma redução de R$ 6 bilhões no capital do Banco Safra, passando de R$ 19,196 bilhões para R$ 13,012 bilhões. A decisão reflete a mudança de controle societário da instituição financeira após a saída de um dos sócios e a subsequente concentração do comando do banco nas mãos de membros da família Safra.

De acordo com o Banco Central, a alteração foi consequência da “saída de sócio” e resultou na centralização do controle nas mãos de David Joseph Safra, Jacob Joseph Safra, Esther Safra Dayan e Vicky Safra. A mudança no controle foi formalizada com o aditamento de um acordo de acionistas, datado de 19 de julho de 2024, que pôs fim às disputas internas envolvendo Alberto Safra, um dos herdeiros do banco e membro da família fundadora. O acordo, considerado “amigável”, encerrou as contendas iniciadas após a saída de Alberto Safra do grupo no segundo semestre de 2019, após divergências com os outros membros da família.

O Banco Central também destacou que a alteração no controle afetará outras empresas do conglomerado, incluindo o Banco J. Safra S.A., a Safra Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários, a Guide Investimentos, o Banco Alfa, a Financeira Alfa, a Safra Leasing, o Alfa Arrendamento Mercantil, o Banco Alfa de Investimentos, a Alfa Corretora de Câmbio e Valores Imobiliários, a Safra Crédito, Financiamento e Investimento, e a Safra Sociedade de Crédito Direto.

A medida reflete um processo de reestruturação que visa consolidar o controle do Grupo J. Safra sob a liderança dos membros da família, após a morte de Joseph Safra em 2020. A redução do capital do Banco Safra é uma consequência direta dessa reorganização interna e da redefinição do papel de cada membro no futuro do conglomerado.