Trump busca pressionar ainda mais Pequim a aceitar negociações comerciais mais favoráveis aos interesses dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, limitando-as a 10%, com efeito imediato. Ao mesmo tempo, Trump afirmou que aumentaria as tarifas sobre a China para 125%, ampliando ainda mais as tensões comerciais entre as duas potências.

A medida visa reabrir as negociações com Pequim, com Trump buscando pressionar o governo chinês devido ao que chamou de “falta de respeito” com os mercados globais. O aumento das tarifas sobre a China entra em vigor também nesta quarta-feira, com taxas de 104% para os produtos chineses. Em resposta, o governo chinês elevou suas tarifas sobre os produtos norte-americanos em 84% e impôs restrições a 18 empresas dos EUA, especialmente no setor de defesa.

Essa escalada de tarifas reflete uma crescente disputa entre os dois países, com a China criticando as ações de Washington. O Ministério das Finanças chinês afirmou que as tarifas dos EUA prejudicam o sistema de comércio multilateral e infringem os direitos legítimos da China. As novas taxas afetam uma lista de 57 países, enquanto as tarifas menores, de até 10%, já entraram em vigor no último sábado (5), incluindo no Brasil.

Com essa movimentação, Trump busca pressionar ainda mais Pequim a aceitar negociações comerciais mais favoráveis aos interesses dos EUA, enquanto a China segue se posicionando contra as sanções e aumentando as contramedidas.