Marketplaces Lideram A Busca De Produtos No E Commerce Foto Freepik

Os marketplaces se consolidaram como a principal fonte de pesquisa dos consumidores antes da realização de uma compra online. É o que mostra a nova edição da pesquisa Commerce, conduzida pela MRM Brasil, agência de tecnologia e dados do McCann Worldgroup. De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados afirmaram preferir sites como Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre para iniciar suas buscas por produtos, superando pela primeira vez os buscadores tradicionais.

Ferramentas como Google, Bing e Yahoo ficaram na segunda posição, escolhidas por 52% dos respondentes. O resultado representa uma queda de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, enquanto os marketplaces avançaram quatro pontos em quatro anos.

O estudo foi realizado em duas etapas, entre 2020 e 2024, e ouviu mil consumidores em cada rodada. Os dados reforçam a transformação no comportamento de compra online no Brasil, que se tornou mais sofisticado, multicanal e orientado pela mobilidade. O celular é o principal meio de acesso para 91% dos consumidores, enquanto o computador registrou 53% de uso. As smart TVs também começam a ganhar espaço, sendo utilizadas por 10% dos entrevistados.

Experiência e avaliações lideram fatores de decisão

O amadurecimento digital do consumidor brasileiro reflete em uma jornada de compra mais complexa, que combina diferentes pontos de contato, como marketplaces, sites de avaliação e redes sociais. “A pesquisa revelou que a transformação do comportamento de consumo tem ocorrido em um ritmo mais acelerado do que a própria indústria”, afirma Fábio Souza, CEO da MRM Brasil.

A escolha de onde comprar é impulsionada principalmente pela experiência oferecida (70%) e pelas avaliações positivas de outros clientes (65%). Categorias como eletrônicos (55%), moda e acessórios (53%) e eletrodomésticos (41%) lideram o volume de compras online. Produtos de perfumaria e cosméticos (39%), casa e decoração (39%), informática (31%) e alimentos e bebidas (30%) também ganharam relevância.

Além de preço e qualidade, preocupações socioambientais têm influenciado o consumo. A preocupação com práticas sustentáveis impacta a decisão de compra para 17% dos entrevistados, enquanto causas sociais influenciam 14%. Por outro lado, fatores como desrespeito socioeconômico (61%), testes em animais (53%) e descaso ambiental (50%) foram citados como motivos que levam o consumidor a desistir de uma compra.