POLÊMICA
Casa Branca republica imagem de Trump como papa e gera revolta entre católicos
Por Marlyana Lima - Em 03/05/2025 às 6:45 PM

O Presidente Dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma imagem feita com IA, onde aparece como Papa
A poucos dias do conclave que definirá o sucessor do papa Francisco, morto no último dia 21, uma imagem do presidente Donald Trump vestido como o líder máximo da Igreja Católica gerou controvérsia nas redes sociais. O material foi publicado na sexta-feira (2) pelo próprio republicano em sua plataforma Truth Social e, em seguida, republicado pelo perfil oficial da Casa Branca no Instagram.
Na imagem, Trump aparece sentado em uma poltrona de veludo, com vestes papais brancas, mitra dourada e segurando um crucifixo. O dedo indicador direito aponta para o alto, num gesto tradicionalmente associado à bênção papal. Não há legenda.
Segundo análise da ferramenta Hive Portal, a imagem tem 99,9% de chance de ter sido gerada por inteligência artificial.
A postagem provocou forte reação. Centenas de seguidores acusaram Trump e a Casa Branca de desrespeito à fé católica e de uso político de símbolos religiosos. “Esta imagem não é engraçada. Não é sátira. E não é inofensiva”, comentou uma usuária. Outro seguidor classificou o conteúdo como “inapropriado, insensível e desrespeitoso”.
Uma das críticas mais compartilhadas veio de uma mulher que se identifica como católica praticante: “Esta é uma conta oficial de mídia social administrada pelo governo. Como representação dos Estados Unidos, ela não deveria zombar de nenhuma religião — muito menos daquela que dizem respeitar. Jesus não está na Casa Branca. Judas Iscariotes está. Que vergonha inacreditável.”
A repercussão foi ampliada por declarações recentes do presidente. Em entrevista no início da semana, Trump sugeriu que gostaria de ocupar o posto mais alto da Igreja. “Eu gostaria de ser papa. Seria a minha primeira escolha”, afirmou, ao ser questionado sobre quem apoiaria no conclave.
Analistas políticos apontam que a publicação pode ter sido pensada como uma provocação simbólica, em um momento de mobilização do eleitorado evangélico e conservador, com vistas à eleição presidencial de novembro. Setores da oposição, no entanto, veem o gesto como “um teatro de culto à personalidade” e acusam o republicano de instrumentalizar a religião.
Até a noite deste sábado (3), a Casa Branca não havia se pronunciado oficialmente sobre a repercussão negativa. A imagem, no entanto, continuava disponível no perfil governamental.
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