Céus Abertos

Com aval para voos internacionais, Southwest mira destinos além das fronteiras; Brasil pode estar no radar

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 23/05/2025 às 12:51 PM

Boeing 737 Max 8 Da Southwest Airlines Foto Divulgação

Boeing 737 Max 8 da Southwest Airlines Foto: Divulgação

A Southwest Airlines quer voar mais longe. A companhia aérea norte-americana, conhecida por seu modelo de baixo custo e ampla malha doméstica, acaba de solicitar ao Departamento de Transporte dos EUA (DOT) uma autorização formal para operar voos regulares de passageiros, carga e correio com países que mantêm acordos de Céus Abertos com os Estados Unidos — entre eles, o Brasil.

Na prática, o movimento sinaliza uma ambição clara: entrar em mercados internacionais com tarifas competitivas e operação eficiente, levando adiante uma estratégia de expansão escalonada. A companhia já atua no México e no Canadá, mas, com o novo certificado, poderá alcançar destinos na América Latina, Caribe, Europa e além.

Brasil na rota?

O Brasil surge como uma possibilidade concreta nessa nova fase. O acordo de Céus Abertos firmado com os EUA permite que companhias dos dois países operem voos sem restrições de frequência ou de companhias designadas — o que pavimenta o caminho para novas rotas com maior flexibilidade.

Com uma frota composta exclusivamente por aeronaves Boeing 737, a Southwest teria condições técnicas de operar voos a partir da Flórida para capitais brasileiras como Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Brasília. São trajetos viáveis em termos de alcance e demanda potencial.

Concorrência, conectividade e tarifas mais baixas

Para o mercado brasileiro, a eventual entrada da Southwest pode significar mais do que novas rotas. O efeito mais imediato seria o aumento da concorrência com companhias já estabelecidas em rotas Brasil–EUA, o que tende a pressionar tarifas para baixo e ampliar as opções ao passageiro.

Além disso, a chegada de uma empresa com perfil híbrido — entre o full service e o low cost — poderia impulsionar ainda mais o turismo e os negócios bilaterais, especialmente em um momento em que o setor aéreo brasileiro busca se recuperar com mais capilaridade e menor dependência de hubs tradicionais.

Próximos passos

O pedido entregue ao DOT também inclui uma solicitação de isenção que permitiria à empresa iniciar as operações internacionais enquanto a autorização completa está em análise — um movimento que revela a pressa da companhia em viabilizar seus planos. Embora a Southwest não tenha divulgado ainda quais mercados pretende atender, o Brasil, pelas condições técnicas e diplomáticas, surge como um forte candidato.

A entrada da Southwest em novos países ainda depende da aprovação formal do governo estadunidense. (Com informações do site Aeroin)

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