Inspirado no modelo californiano, avanço brasileiro passa por uma combinação de base técnica qualificada, protagonismo em ciência de dados e cibersegurança e crescimento constante no uso de IA Foto: Freepik

O Brasil vem consolidando sua posição como o principal polo de inovação da América Latina. Com nove das 12 startups mais promissoras da região e liderança em volume de investimentos e número de unicórnios, o país começa a desenhar seu próprio ecossistema tecnológico — embora ainda distante da maturidade do Vale do Silício.

Inspirado no modelo californiano, o avanço brasileiro passa por uma combinação de base técnica qualificada, protagonismo em áreas como ciência de dados e cibersegurança, e crescimento constante no uso de inteligência artificial. A aplicação de modelos generativos e multimodais, integrando texto, imagem, áudio e vídeo, tem ganhado força em setores estratégicos como logística, saúde e agricultura.

Ainda assim, o país enfrenta entraves históricos. O investimento em pesquisa e desenvolvimento ainda representa apenas 1% do PIB, contra mais de 4% em países como Coreia do Sul. A burocracia, a insegurança jurídica e a baixa articulação entre governo, academia e setor privado também limitam o ritmo da inovação.

Para especialistas, o desafio agora é estruturar um modelo de inovação que respeite as especificidades locais, incentivando o empreendedorismo fora dos grandes centros e promovendo um ambiente regulatório mais ágil. “O Brasil tem todas as peças. Falta montar o tabuleiro certo”, resume Leandro Queiroz, vice-presidente técnico do Grupo Skill. Segundo ele, é preciso coragem, foco e constância — e não apenas capital — para transformar potencial em resultado. (Com informações do Valor econômico e Estado de Minas)