Aviação nacional
Fiscalização de bagagem de mão endurece e pega passageiros de surpresa nos aeroportos
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 02/06/2025 às 4:12 PM

Embora a ANAC estabeleça um padrão para bagagem de mão (até 10 kg e 55x35x25 cm), cada companhia tem liberdade para adotar regras mais restritivas conforme o tipo de tarifa Foto: Freepik
Viajar de avião pelo Brasil em 2025 exige mais atenção do que nunca. Sem mudanças na legislação, as companhias aéreas adotaram uma postura muito mais rígida na fiscalização das bagagens de mão, o que tem surpreendido passageiros e gerado desconforto nos principais aeroportos do país.
A chamada “tolerância zero” passou a ser aplicada com balanças e gabaritos nos portões de embarque. Um pequeno excesso — seja de peso ou de centímetros — tem resultado em despachos obrigatórios e cobrança de taxas, muitas vezes superiores a R$ 160 quando adquiridas no momento do embarque. Até bolsas e mochilas pessoais, que antes passavam sem maiores questionamentos, agora estão sendo conferidas com rigor.
Mala certa, tarifa certa
Embora a ANAC estabeleça um padrão para bagagem de mão (até 10 kg e 55x35x25 cm), cada companhia tem liberdade para adotar regras mais restritivas conforme o tipo de tarifa. A Gol, por exemplo, passou a exigir que o item pessoal também esteja dentro de medidas específicas. Já a Latam não inclui a mala de mão na tarifa “Basic” — o que tem surpreendido passageiros que só percebem a ausência do benefício na hora do embarque.
Na Azul, a política se manteve estável, mas também segue sem margem para desvios. Em voos cheios, é comum a oferta de despacho gratuito da mala de mão no portão, mas apenas dentro dos limites de peso e dimensão.
Impacto direto no bolso e no tempo
O endurecimento das regras vem afetando tanto a experiência dos passageiros quanto o fluxo dos aeroportos. As filas aumentaram, o tempo de embarque cresceu e o clima tem sido de constante tensão nas áreas de inspeção. Para quem não se antecipa, o risco de prejuízo é alto.
Especialistas recomendam que o passageiro confira as regras da companhia antes de arrumar as malas e meça e pese tudo em casa, incluindo alças, rodinhas e bolsos. Outra dica é adquirir o despacho da bagagem com antecedência, caso saiba que irá exceder os limites.
O que pode e o que não pode levar
Além das dimensões, é importante ficar atento ao conteúdo da bagagem. Power banks e baterias de lítio só podem ir na cabine. Líquidos seguem regras mais brandas em voos nacionais, mas há limites para aerossóis e substâncias pastosas, que variam conforme a empresa. Medicamentos são liberados, mas devem estar com prescrição em mãos, sobretudo os de uso controlado.
Na dúvida sobre qualquer item, o melhor caminho é consultar a companhia aérea ou optar por despachar.
Em caso de conflitos, manter a calma e solicitar a presença de um supervisor pode ajudar a resolver a situação no local. Se persistirem os problemas, o passageiro pode registrar uma reclamação na plataforma consumidor.gov.br, que é monitorada pela ANAC.
Mais notícias
Segurança informacional




























