BLENDED FINANCE
Ricardo Cavalcante firma convênio para trazer investimentos verdes à caatinga
Por Marcelo Cabral - Em 17/06/2025 às 12:07 AM
O bioma da Caatinga, exclusivo do Nordeste brasileiro e historicamente negligenciado em políticas de investimento estruturado, ganha novo protagonismo com a expansão da Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS) para a região. O movimento foi oficializado em um convênio firmado entre o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, e o Instituto Amazônia+21, durante evento que contou com a presença de lideranças industriais da região.

Ricardo Cavalcante, Cassiano Pereira, Marcelo Thomé e Bruno Veloso participaram da assinatura do convênio
A FAIS, iniciativa de finanças sustentáveis originalmente voltada à Amazônia, passa agora a abranger também o semiárido nordestino, com o objetivo de criar um ambiente de negócios favorável a projetos de alto impacto socioambiental. Por meio do modelo de blended finance – combinação de capital filantrópico, comercial e de fomento -, o projeto pretende reduzir riscos e aumentar a atratividade de investimentos voltados à bioeconomia, energias renováveis, agroecologia e turismo sustentável.
“Expandir a FAIS para a Caatinga é um marco para o desenvolvimento territorial integrado, unindo preservação ambiental e crescimento econômico”, destaca Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21 e da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO). A cerimônia de assinatura contou ainda com a participação de Cassiano Pereira (presidente da Associação Nordeste Forte e da FIEPB) e Bruno Veloso (presidente da FIEPE), que também firmaram compromisso com a iniciativa.
Com desafios históricos relacionados à escassez hídrica, baixa infraestrutura e vulnerabilidade social, a Caatinga também reúne um potencial expressivo de inovação verde e soluções climáticas baseadas na natureza. A FAIS surge como uma ponte entre esse potencial e as oportunidades financeiras, ao oferecer instrumentos de mitigação de risco que incentivam o capital privado a investir em regiões menos exploradas economicamente.
A articulação institucional entre o setor industrial nordestino e a agenda sustentável reforça o alinhamento estratégico com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e aponta para um novo ciclo de desenvolvimento inclusivo na região. A expectativa é que a plataforma catalise projetos que não apenas gerem emprego e renda, mas também promovam a resiliência climática, o uso eficiente dos recursos naturais e a valorização dos ativos socioculturais do semiárido brasileiro.
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