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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu um prazo de até duas semanas para decidir se irá ou não participar da ofensiva militar que Israel conduz atualmente contra o Irã. Segundo a Casa Branca, a janela de tempo permitirá a continuidade de negociações diplomáticas que ocorrem nos bastidores.

Em comunicado oficial, a secretária de imprensa Karoline Leavitt afirmou que Trump avalia as chances de um acordo diplomático emergir nos próximos dias. “Há uma possibilidade real de conversas produtivas acontecerem. Com isso em mente, o presidente tomará sua decisão nas próximas duas semanas”, declarou.

Contatos discretos e movimentações diplomáticas

Fontes da agência Reuters revelaram que representantes dos dois países, incluindo o chanceler iraniano Abbas Araghchi e o negociador americano Steve Witkoff, já mantiveram conversas diretas por telefone. Paralelamente, diplomatas iranianos estão se preparando para um encontro com representantes europeus em Genebra, na Suíça, que pode servir como canal indireto de comunicação com Washington.

Analistas políticos apontam que esse movimento diplomático pode ser tanto uma abertura real quanto uma estratégia para ganhar tempo antes de uma ação militar já em preparação.

Oscilações nas declarações

Na véspera, Trump alternou entre ameaças duras e discursos ambíguos. Na quarta-feira (18), chegou a sugerir a possibilidade de ordenar a eliminação do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, mas logo depois recuou, dizendo que sua decisão poderia mudar “no último minuto”.

Apesar do clima de tensão, Trump mencionou, ainda no fim do dia, que o Irã teria sinalizado interesse em negociar. Tal informação, no entanto, contrasta com as declarações oficiais de Teerã, que classificou como “inaceitável” o ultimato de Washington exigindo uma rendição incondicional.