A empresa prepara o lançamento de dois medicamentos à base de liraglutida — Lirux e Olire

A EMS, maior farmacêutica brasileira, está expandindo sua produção no país para competir com gigantes globais como Novo Nordisk e Eli Lilly no mercado de medicamentos para obesidade e diabetes tipo 2. Com investimentos superiores a R$ 1 bilhão, a empresa inaugurou em 2024 uma fábrica dedicada à produção de peptídeos em Hortolândia (SP), base dos principais remédios contra essas doenças.

Paralelamente, a EMS opera em Manaus uma das maiores fábricas automatizadas de medicamentos sólidos do mundo, que produz 1,5 bilhão de comprimidos por mês e deve chegar a 2,5 bilhões em 2026. Essa estrutura é essencial para financiar o crescimento e a inovação da companhia.

A empresa prepara o lançamento de dois medicamentos à base de liraglutida — Lirux e Olire — que chegam ao mercado no segundo semestre de 2025, e espera faturar US$ 4 bilhões anuais no segmento a partir de 2026, metade com exportações, principalmente para os EUA.

Diferente dos concorrentes que importam medicamentos prontos, a EMS desenvolve tecnologia própria para produzir os peptídeos localmente, garantindo maior controle e agilidade na cadeia produtiva. A estratégia foi planejada há quase uma década e inclui planos para expansão internacional.

Apesar da concorrência acirrada e dos riscos inerentes ao setor farmacêutico, a EMS aposta na inovação e no fortalecimento de seu negócio principal — medicamentos genéricos — para manter sua posição no mercado nacional e global.