Complexo de 135 acres inclui, além do palácio principal, a Villa Barberini – Fotos: Divulgação

A Prefeitura da Casa Pontifícia anunciou oficialmente que o papa Leão XIV passará suas férias de verão na histórica comuna italiana de Castel Gandolfo, a cerca de 25 quilômetros de Roma. A decisão marca o retorno de uma antiga tradição papal, descontinuada durante o pontificado de Francisco, que havia transformado o Palácio Apostólico em museu em 2016.

Segundo o comunicado do Vaticano, Leão XIV permanecerá na residência papal em duas etapas: de 6 a 20 de julho e, posteriormente, de 15 a 17 de agosto. Durante o período de descanso, o pontífice celebrará missas em igrejas locais e conduzirá orações em praças, mantendo a proximidade com os fiéis mesmo em clima de recesso.

Tradição secular

Área interna do Castelo Gandolfo exibe uma rica arquitetura

O Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, construído no século 17, é um refúgio tradicional dos papas durante o verão europeu. Localizado nas colinas Albanas, o complexo de 135 acres inclui, além do palácio principal, a Villa Barberini com seus famosos jardins de Belvedere e uma fazenda que fornece produtos à Santa Sé.

A escolha de Leão XIV em utilizar o local como residência temporária reativa uma prática adotada por pontífices ao longo dos séculos. O último a se hospedar regularmente ali foi Bento XVI. Francisco, por sua vez, optou por não utilizar a propriedade como retiro de verão, preferindo permanecer no Vaticano mesmo durante os meses mais quentes.

Residência de beleza e história

Papa Leão XIV já fez uma visita à residência de verão

O complexo de Castel Gandolfo é considerado uma joia do patrimônio papal. Seus jardins, abertos ao público desde 2014, são ricos em história, botânica e arquitetura barroca. O local também abriga vestígios da antiga vila do imperador romano Domiciano, reforçando o vínculo entre o legado imperial e a espiritualidade cristã.

Com a decisão de Leão XIV, o espaço voltará a cumprir sua função original: acolher o sucessor de Pedro em momentos de reflexão, oração e descanso. A expectativa é que a presença do papa reacenda o interesse turístico e espiritual por Castel Gandolfo, que por séculos foi símbolo do verão papal.

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