APONTA CNI
Marco legal do carbono é visto como oportunidade por 44% das empresa
Por Redação - Em 09/07/2025 às 12:01 AM

Dois terços das empresas ouvidas afirmaram ter interesse em linhas de crédito específicas para ações sustentáveis
Com a pauta ambiental ganhando força no cenário global, a indústria brasileira começa a enxergar na sustentabilidade um motor para a inovação e os negócios. Uma recente pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que quase metade dos empresários do setor acredita que o mercado regulado de carbono representa mais que uma exigência legal — é uma chance real de transformação econômica.
O levantamento, intitulado Sustentabilidade e Indústria, revela que 44% dos industriais veem o novo marco legal do mercado de carbono como um campo fértil para novas oportunidades. A legislação, aprovada no final de 2024, tem como foco central a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), que será implementado pelo governo federal.
A indústria também demonstra grande apetite por financiamento verde. Dois terços das empresas ouvidas afirmaram ter interesse em linhas de crédito específicas para ações sustentáveis. A demanda é mais intensa nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o índice chega a 85%. No Nordeste, 77% manifestaram interesse, e no Sul, 65%.
Transformação com retorno
Além do alinhamento com metas ambientais globais, como a promessa brasileira de reduzir suas emissões entre 59% e 67% até 2035 e atingir a neutralidade de carbono em 2050, os empresários estão de olho no retorno financeiro das práticas sustentáveis.
A pesquisa revela que, para 32% dos respondentes, a motivação principal para investir em sustentabilidade é a redução de custos. Outras razões citadas incluem o uso consciente dos recursos naturais (31%) e a necessidade de atender às novas exigências legais (30%).
Segundo 0 diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, os dados reforçam o papel estratégico da sustentabilidade. “Mesmo diante dos desafios econômicos, o setor industrial mostra disposição para avançar. Isso nos dá confiança no potencial de desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com geração de empregos e tecnologias limpas”, afirma.
A coleta de dados foi realizada entre 15 de maio e 17 de junho pela consultoria Nexus, com mil empresas de diferentes portes em todo o território nacional.
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