Ney Matogrosso e Lucinha Araújo juntos em homenagem a Cazuza – Fotos: Daniel Pinheiro / BrazilNews

No terraço do Shopping Leblon, Zona Sul do Rio, a emoção tomou conta do público na segunda-feira (7), quando Ney Matogrosso e Lucinha Araújo prestaram uma tocante homenagem a Cazuza, no dia que marcou os 35 anos da morte do cantor e compositor que marcou gerações com sua ousadia, lirismo e rebeldia.

O encontro aconteceu durante a abertura da exposição “Cazuza Exagerado”, uma mostra que revisita a trajetória artística e pessoal do artista, celebrado como um dos maiores nomes da música brasileira. A presença de Ney, de 83 anos, e Lucinha, de 88, tornou o momento ainda mais simbólico e afetivo — dois pilares da vida de Cazuza reunidos para celebrar sua memória diante de um público comovido.

Reencontro de afeto e canções

O reencontro entre Ney e Lucinha foi marcado por carinho e comoção. Os dois se abraçaram e trocaram palavras afetuosas diante de um público emocionado. Em seguida, entoaram juntos algumas das músicas eternizadas por Cazuza, transformando a visita em um momento de memória viva e potente.

Ney Matogrosso, que viveu um relacionamento com o cantor nos anos 1980 e permaneceu amigo próximo até o fim da vida de Cazuza, foi um dos primeiros artistas a reconhecer e valorizar a intensidade artística do compositor. Já Lucinha Araújo, mãe e guardiã do legado do filho, tornou-se uma das principais vozes na luta contra o preconceito enfrentado por pessoas que vivem com HIV, fundando a Sociedade Viva Cazuza em 1990, poucos meses após a morte do artista.

Ney Matogrosso interpretou músicas que entraram para a história

A homenagem também serviu como introdução ao aguardado lançamento do documentário “Cazuza: Boas Novas”, dirigido por Roberto Moret e Nilo Romero, que estreou no dia seguinte, dia 8. A produção foca nos intensos anos entre 1987 e 1989, período em que Cazuza convivia com o avanço do HIV enquanto mantinha uma produção artística vigorosa e engajada.

Já a exposição “Cazuza Exagerado” não é apenas uma celebração nostálgica — ela é um lembrete poderoso da atualidade de sua obra e da urgência de suas causas. O legado de Cazuza segue pulsando em suas letras, na força de sua imagem e na continuidade do trabalho da Sociedade Viva Cazuza, que desde sua fundação já acolheu centenas de crianças e adolescentes soropositivos.

Serviço:
Exposição “Cazuza Exagerado”
Terraço do Shopping Leblon – Rio de Janeiro, RJ
Entrada gratuita