Ministro destacou que Brasil está montando ecossistema para universalizar ensino de tempo integral Foto: Ângelo Miguel/MEC

Durante a 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada nesta quarta-feira (16), em Recife, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que a educação básica é o maior desafio do Brasil. O ministro destacou que quase um terço da população brasileira não concluiu a educação básica, segundo dados do Insituto Brasileiro de Geografia e Etatística (IBGE), o que, segundo ele, tem consequências profundas tanto do ponto de vista social quanto econômico.

Camilo enfatizou que o Ministério da Educação trabalha com uma visão sistêmica, cuidando desde a creche até a pós-graduação. No entanto, é na base do sistema educacional onde se concentram os maiores obstáculos. “O mínimo que a nação precisa garantir é que os jovens brasileiros e brasileiras possam concluir a educação básica”, afirmou, reforçando que essa etapa é essencial para que o estudante possa decidir seu futuro, seja no mercado de trabalho, no ensino técnico ou na universidade.

Entre as estratégias para enfrentar esse cenário, o ministro citou o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, instituído em 2023 e já adotado por todos os estados e municípios. A iniciativa busca garantir que as crianças sejam alfabetizadas na idade certa, evitando os efeitos negativos em cadeia que a defasagem de aprendizagem provoca em toda a trajetória escolar, como aumento da reprovação e do abandono.

Camilo também destacou a escola de tempo integral como uma política de Estado essencial para transformar a educação. “É a escola que tem a menor evasão, que olha o projeto de vida do aluno, onde ele faz refeições, pratica esportes, aprende línguas e informática. Esse é o modelo que queremos implementar em larga escala”, declarou.