Jose Maria Marin comandou a CBF e foi vice-governador de São Paulo – Foto: Tomaz Silva/Arquivo/Agência Brasil

Faleceu na madrugada deste domingo (20), em São Paulo, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, aos 93 anos. A confirmação foi feita pela assessoria de imprensa da entidade. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Marin presidiu a CBF entre 2012 e 2015, período marcado por polêmicas dentro e fora de campo. Antes da atuação no futebol, teve carreira na política: foi vice-governador de São Paulo entre 1979 e 1982 e assumiu o governo do estado em 1982, durante o regime militar, quando ainda não havia eleições diretas para o cargo.

Seu nome ganhou repercussão internacional em 2015, ao ser preso na Suíça, acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na FIFA, junto a outros dirigentes. Extraditado para os Estados Unidos, pagou fiança de US$ 15 milhões e passou a cumprir prisão domiciliar em Nova Iorque. Em 2017, foi condenado por lavagem de dinheiro, fraude bancária e participação em organização criminosa, cumprindo quatro anos de prisão. Em 2020, após o fim da pena, retornou ao Brasil.

Marin também foi banido permanentemente do futebol pelo Comitê de Ética da FIFA em 2019, acusado de receber propinas em contratos comerciais da entidade.

Um episódio que marcou negativamente sua gestão ocorreu em 2012, quando foi flagrado colocando uma medalha no bolso durante a premiação da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A atitude gerou críticas e ganhou destaque nacional.

Com a morte de José Maria Marin, o futebol brasileiro se despede de uma figura que ocupou o centro do poder esportivo em um dos períodos mais controversos da história da CBF.