Paulo Câmara salientou a concessão de crédito ao setor agroindustrial               Fotos: Divulgação/BNB

A ampliação do crédito voltado à agroindústria foi um dos principais temas debatidos no Seminário Agroindústria Sustentável, promovido nesta quarta-feira (23) pela Folha de S.Paulo, na capital paulista. O evento reuniu autoridades, representantes do setor produtivo e especialistas para discutir os rumos da agroindústria brasileira com foco em sustentabilidade e desenvolvimento regional.

O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, participou do painel ‘Desafios e soluções no Nordeste’ e destacou os avanços na concessão de crédito para o setor, especialmente em consonância com as diretrizes do Governo Federal.

“As indústrias e agroindústrias são prioridade para o Governo Federal. Por orientação do presidente Lula, priorizamos o segmento e já vemos valores bem significativos no crescimento do crédito na região nesses últimos dois anos e meio. Estamos falando agora de quase R$ 6 bilhões para 2025 voltados para o setor”, afirma Câmara.

As ações estão alinhadas ao Programa Nova Indústria Brasil (NIB), iniciativa estratégica do governo federal voltada à reindustrialização do país com base em inovação, sustentabilidade e fortalecimento da produção nacional. O NIB prevê, entre outros eixos, o incentivo à integração produtiva e à transição energética, com protagonismo das agroindústrias.

Paulo Câmara também ressaltou os avanços estruturais observados na região Nordeste, fundamentais para o ambiente de negócios mais competitivo. “A estrutura da região tem melhorado significativamente”, observa, ao citar os investimentos contínuos em energia solar e eólica, infraestrutura aeroportuária, portuária, rodoviária e ferroviária.

O painel contou ainda com as contribuições do gerente-geral da Embrapa, Evandro Holanda, e da fundadora da agtech cearense Muda Meu Mundo, Priscilla Veras, que trouxeram perspectivas sobre inovação e práticas sustentáveis no campo.

Outro destaque do seminário foi a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, no painel‘Pequenas e médias agroindústrias’. Em sua intervenção, Teixeira ressaltou o papel do Banco do Nordeste como agente financiador do desenvolvimento rural, especialmente por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Temos linhas para cooperativas, industrialização, mecanização e tecnologia. No Pronaf temos crédito para energia solar fotovoltaica, irrigação, estufas, máquinas, tudo a juros baixos. A maior taxa é de 5% ao ano, mas temos juros de 3%, de 2% para a mecanização e de 0,5% ao ano para o microcrédito”, ressalta o ministro.

Ao lado de Teixeira, debateram o tema o diretor de Sustentabilidade da BRF e da Marfrig, Paulo Pianez; a chefe-geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Edna Maria Morais Oliveira; e o diretor de Produção e Indústria do Grupo Korin, Luiz Demattê. O encontro consolidou uma visão abrangente e integrada sobre os caminhos para uma agroindústria mais moderna, inclusiva e conectada com as demandas do século XXI.

Evandro Holanda, Paulo Câmara, Bruno Blecer e Priscilla Veras durante o evento em São Paulo