Deputado federal se diz alvo de perseguição política Foto: Agência Brasil

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais acatou denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE-MG) que pode tornar réu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), e abrir caminho para sua inelegibilidade por até oito anos. A acusação se originou durante a campanha municipal de 2024 em Belo Horizonte, quando Nikolas e aliados são apontados por disseminar informações falsas sobre o ex-prefeito e candidato à reeleição Fuad Jorge Noman Filho (PSD), falecido em março deste ano.

Segundo a ação, o grupo, composto por Nikolas, o deputado estadual Bruno Engler (PL), a deputada estadual Delegada Sheila (PL) e Cláudia Araújo Romualdo (Coronel Cláudia), presidente do PL Mulher em Minas, utilizou as redes sociais para associar trechos do livro ficcional Cobiça, escrito por Fuad em 2020, a uma suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio durante um evento organizado pela prefeitura. O Ministério Público considera que se tratou de desinformação proposital e difamação.

O juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, determinou prazo de dez dias para que os denunciados apresentem suas defesas, podendo alegar preliminares, juntar testemunhas e documentos. Caso sejam condenados, haverá imposição de indenizações e perda dos direitos políticos, consequência direta da suspensão dos mandatos e impossibilidade de disputar eleições por até oito anos.

Em nota publicada nas redes sociais, Nikolas Ferreira afirmou que o processo representa uma tentativa de calar a oposição.“Querem calar milhões… mas estamos aqui e de pé”, sustenta.  Ele insiste que apenas expôs o que considerava um conteúdo “pornográfico” no livro de Fuad Noman, classificando-se como alvo de perseguição política.