RELAÇÕES COMERCIAIS

Venezuela impõe cobrança sobre produtos brasileiros e surpreende comerciantes

Por Redação - Em 28/07/2025 às 12:01 AM

Conteiner, Exportações Foto Frepik

A mudança pegou comerciantes de surpresa nos dois lados da fronteira FOTO: Freepik

Desde 17 de julho, exportações brasileiras para a Venezuela passaram a ser tarifadas, contrariando acordos comerciais em vigor e gerando preocupação entre autoridades e empresários.

O problema foi identificado após o sistema aduaneiro venezuelano (Sidunea) deixar de reconhecer certificados de origem de mercadorias brasileiras, inviabilizando os benefícios fiscais previstos no Acordo de Complementação Econômica nº 69 (ACE 69), que isenta esses produtos da tarifa de importação.

A mudança pegou comerciantes de surpresa nos dois lados da fronteira. Produtos como açúcar, milho e alimentos processados, antes competitivos no mercado venezuelano, ficaram mais caros e menos atrativos.

Em resposta, o Itamaraty informou que acompanha a situação e já acionou a embaixada brasileira em Caracas. A medida também está sendo analisada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que busca informações com o setor produtivo.

A Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria de Roraima alertou em carta oficial que o órgão venezuelano Seniat passou a rejeitar os certificados emitidos no Brasil, paralisando exportações na aduana de Santa Elena de Uairén.

O governo de Roraima, estado que tem a Venezuela como principal parceiro comercial, também se mobilizou. Em nota, a Secretaria de Planejamento do estado alertou que mais de 70% das exportações locais são destinadas ao país vizinho e que a nova barreira pode comprometer empregos e arrecadação.

 

As autoridades brasileiras buscam soluções diplomáticas para restabelecer o comércio bilateral sem tarifas.

 

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