Vice-presidente Geraldo Alckmin receberá o governador Elmano de Freitas em Brasília nesta quinta, dia 7

Após anunciar um conjunto de medidas emergenciais, aprovadas por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), visando enfrentar os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, participa nesta quinta-feira (7) de uma nova reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília.

Segundo a Casa Civil do Estado, o encontro servirá para alinhar ações conjuntas com o governo federal. Detalhes como os valores do auxílio às empresas cearenses atingidas ainda serão definidos e oficializados em decreto, após essa segunda rodada de conversas. Também estarão presentes representantes da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Secretaria do Desenvolvimento Econômico.

A nova reunião dá continuidade ao primeiro encontro, realizado em 29 de julho, no qual Alckmin recebeu Elmano e empresários cearenses de setores exportadores diretamente afetados pelas sanções americanas. Na ocasião, o vice-presidente afirmou que o Ceará deveria ser prioridade nas ações de apoio.

Pacote de socorro do Estado

Na última quarta-feira (6), o Governo Elmano apresentou um pacote de quatro medidas de apoio às empresas exportadoras, destacando a necessidade de ações conjuntas com o Executivo federal. Entre as medidas estão:

• Aquisição de alimentos para programas sociais e restaurantes universitários, como o Ceará sem Fome;
• Antecipação de pagamento de créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
• Incentivos fiscais adicionais para empresas exportadoras;
• Elaboração de um projeto de lei, que será enviado à Assembleia Legislativa, com mais detalhes das ações previstas.

De acordo com o Governo do Estado, algumas dessas iniciativas dependem do apoio federal para serem implementadas.

As medidas surgem após a entrada em vigor, também no dia 6, das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump, que afetam diversos produtos brasileiros — com impacto direto sobre a economia cearense, especialmente nos setores de frutas e pescados. O Ceará é um dos estados mais atingidos pelo tarifaço com 44,9% de suas exportações direcionadas aos EUA.

A expectativa é que a reunião desta quinta-feira traga devolutivas concretas às sugestões apresentadas anteriormente, e avance na formulação de um plano conjunto para mitigar os efeitos econômicos das sanções americanas.