CULTURA
Isis Valverde revela nova coletânea de poemas autorais
Por carol - Em 08/08/2025 às 7:52 AM

Com o lançamento de Vermelho Rubro, Isis Valverde reencontra sua dimensão literária como uma autora sensível, capaz de transformar dores, desilusões amorosas, memórias familiares e inquietações existenciais em poesia sincera, densa, delicada e sempre humana.
Publicada pelo Citadel Grupo Editorial, a coletânea reúne poemas escritos ao longo de cinco anos e é dedicada a Rosalba Nable, mãe da artista, que venceu o câncer de mama após intensas sessões de quimio e radioterapia em 2024.
Famosa por papéis marcantes na televisão e no cinema, Isis revisita episódios pessoais e reflete sobre laços afetivos por meio de uma escrita direta, e impactante. Cada composição ajuda a formar um mosaico emocional que revela a mãe, a filha, a esposa e, acima de tudo, a mulher real por trás da figura pública exposta aos holofotes.
No prefácio, Nelson Motta descreve a obra como um “compilado de confissões poéticas de uma jovem estrela pop que todos imaginam levar uma vida perfeita de Instagram”. Nessa linha, os poemas desmontam a ilusão da perfeição por trás da fama e conduzem o leitor pelos escombros de uma alma que sangra e floresce.
Com coragem literária, Isis se desnuda e compartilha sentimentos muitas vezes silenciados. Inseguranças, fracassos, saudades mal resolvidas, mágoas guardadas e desejos não ditos são explorados. Por outro lado, também celebra a felicidade, a liberdade criativa, o empoderamento feminino e a euforia de se permitir sentir plenamente. “Escrevo quando a dor aperta ou quando a alegria transborda”, explica.
Ela faz questão, porém, de esclarecer que o livro não é um espelho fiel de sua vivência ou um diário confessional, mas uma travessia lírica por emoções profundas, fantasias e cicatrizes transformadas em arte. Ao definir a própria escrita como um tipo de realismo fantástico, ela se permite transitar entre a realidade e a ficção.
O lançamento aborda temas universais como o medo da perda, a solidão que resta após um fim, o anseio por um amor acolhedor, o envelhecimento, as transformações do corpo e da alma. A saudade da infância em Aiuruoca, cidade natal no interior de Minas Gerais, aparece como um refúgio afetivo onde ainda se pode experimentar a leveza de outrora.
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