AMBIÊNCIA DE NEGÓCIOS
Ceará lidera no Nordeste e é o 7º no País no Índice de Inovação dos Estados 2025
Por Marcelo Cabral - Em 19/08/2025 às 2:14 PM
O Ceará avançou para a 7ª colocação nacional e é o líder da Região Nordeste, no Índice de Inovação dos Estados 2025, três posições acima que que ocupou em 2021 no ranking brasileiro. O desempenho confirma o fortalecimento de um ambiente propício a investimentos e à atração de novos negócios, consolidando o Estado como referência regional.

Inovação tem sido uma marca registrada da indústria cearense Foto: Laura Guerreiro/Gecom FIEC
A publicação, pioneira no Brasil e já em sua 7ª edição, é elaborada pelo Observatório da Indústria do Ceará, centro de inteligência da FIEC, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice utiliza 12 indicadores distribuídos em duas dimensões: Capacidades – que avalia formação de capital humano, inserção de mestres e doutores, infraestrutura, instituições e investimentos em ciência e tecnologia; e Resultados – que mensura competitividade global, empreendedorismo, produção científica, intensidade tecnológica e criativa, propriedade intelectual e sustentabilidade ambiental.
No panorama nacional, o Ceará manteve o 7º lugar em Resultados e avançou para a 11ª posição em Capacidades, demonstrando evolução significativa em bases estruturais e de desempenho. Segundo Guilherme Muchale, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e gerente do Observatório, o estudo se consolida como uma ferramenta estratégica para governos e empresas. “O índice oferece um retrato detalhado da evolução da inovação no Brasil, com recorte estadual e regional, apoiando políticas públicas, decisões do setor produtivo e articulações entre governo, academia e sociedade civil”, afirma.
Avanços em áreas estratégicas
A edição 2025 destacou o Ceará nos indicadores de Sustentabilidade Ambiental, em que ocupa a 2ª colocação nacional, e em Intensidade Tecnológica e Criativa, onde figura no 4º lugar. Outro salto expressivo ocorreu em Competitividade Global, em que o Estado passou da 23ª para a 9ª posição desde 2021, resultado atribuído ao fortalecimento das parcerias internacionais e à modernização tecnológica no comércio exterior.
O levantamento também revelou progressos em Empreendedorismo (25º para 16º lugar), Instituições (18º para 13º) e Investimento e Financiamento Público em C&T (9º para 6º). Esses avanços, segundo Muchale, estão diretamente relacionados à consolidação das energias renováveis como eixo estratégico de desenvolvimento e à ampliação da base de recursos voltados à inovação.
Nordeste em forte ascensão
O ranking regional continua a ser liderado pelo Sudeste, seguido pelo Sul. A novidade desta edição é a ascensão do Nordeste ao 3º lugar, superando o Centro-Oeste e o Norte, impulsionado principalmente pela sustentabilidade e pela capacidade de geração de energia limpa.
Para Jefferson Gomes, diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, o desempenho da região comprova a eficácia de políticas consistentes voltadas à inovação. “A experiência de estados como Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco mostra que políticas consistentes podem alavancar a inovação mesmo em cenários desafiadores, especialmente nas áreas de sustentabilidade e capital humano”, destaca.
Com esse avanço, o Ceará não apenas reforça sua vocação inovadora, mas também consolida seu papel como referência em sustentabilidade e competitividade tecnológica no Brasil, sinalizando ao setor produtivo e à sociedade que o Estado está preparado para liderar transformações estratégicas no Nordeste.
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