REUNIÃO COM ALCKMIN
CNI leva missão aos EUA visando debater a taxação das exportações brasileiras
Por Marcelo Cabral - Em 20/08/2025 às 8:14 PM
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, apresentou ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília, os detalhes da missão empresarial que será realizada em Washington, nos dias 3 e 4 de setembro. A iniciativa reunirá associações setoriais, federações estaduais e grandes empresas brasileiras, com o objetivo de fortalecer o diálogo com o governo e o setor produtivo norte-americano.

Ricardo Alban e Geraldo Alckmin discutiram a missão empresarial que viajará para os Estados Unidos Foto: Júlio César Silva/MDIC
O ponto central da agenda será a defesa dos interesses do Brasil diante da taxação de 50% sobre exportações brasileiras, prevista na Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos. Para Alban, é essencial a convergência entre governo e indústria na busca por novas exceções à regra. “Nosso objetivo é sensibilizar o lado americano, levando propostas concretas de interesse mútuo, de forma a acelerar as negociações e incluir setores relevantes, mesmo aqueles com menor peso financeiro, mas grande representatividade industrial”, afirma Alban.
Uma comitiva de peso
A delegação brasileira contará com representantes de setores estratégicos, entre eles: brinquedos (Abrinq), máquinas e equipamentos (Abimaq), têxtil (Abit), alumínio (Abal), carnes (Abiec), madeira (Abimci), café (Cecafé), ferramentas (ABFA), cerâmica (Anfacer), rochas (CentroRochas) e couros (CICB). Também participam as federações estaduais da indústria de Goiás (Fieg) e de Santa Catarina (Fiesc). Entre as empresas já confirmadas estão Tupy, Embraer, Stefanini, Novelis e Siemens Energy.
A programação prevê encontros com escritórios de advocacia e lobby, reuniões na Embaixada do Brasil em Washington, diálogos com lideranças da US Chamber of Commerce e encontros com autoridades do governo norte-americano. Haverá ainda uma plenária entre empresários dos dois países e participação em audiência pública no Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), vinculada à investigação da Seção 301.
Propostas além da defesa comercial
Segundo Alban, além da pauta de exceções tarifárias, a indústria brasileira apresentará propostas que dialogam diretamente com interesses dos Estados Unidos, como parcerias para produção de combustível sintético de aviação (SAF) e etanol, instalação de data centers no Brasil e projetos voltados à exploração de minerais de terras raras.
“Queremos mostrar que há espaço para uma negociação séria, técnica e comercial, que traga ganhos para ambos os lados”, conclui Ricardo Alban. A articulação brasileira contará com a liderança do embaixador Roberto Azevêdo, que conduzirá a defesa nacional em Washington, em parceria com escritórios especializados em lobby e com o apoio da embaixada. (Com informações da CNI)
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