Ator cearense Edmilson Filho conta detalhes da carreira e vida pessoal. Foto: Arquivo pessoal

A palavra movimento poderia ser sinônimo do nome de Edmilson Filho, ator e comediante cearense. Mesmo com a estreia de “C.I.C. – Central de Inteligência Cearense”, que chegou às telonas brasileiras na última quinta-feira (28), ele já se dedica a uma série de novos projetos no cinema, no teatro e nos negócios — tudo isso conciliando uma vida entre os Estados Unidos e o Brasil.

Rotina intensa, mas afetiva

Edmilson Filho é natural de Fortaleza, onde ainda moram seus familiares e boa parte dos amigos, além de ser ponto importante para os trabalhos. Ele relata que há 10 anos a ponte aérea Los Angeles-Fortaleza está presente em seu cotidiano, acrescida da tradicional Rio-São Paulo. 

Na cidade californiana vivem as duas filhas do ator, cuja proximidade é prioridade para Edmilson.

“Essa é uma rotina que a gente vem fazendo nos últimos dez anos. Todo mundo tem uma ponte aérea Rio-São Paulo. A minha ponte aérea é Los Angeles–Fortaleza. Porque eu tenho duas filhas aqui, então eu tenho que estar muito presente também. Uma já está na faculdade, a outra tem 16 anos, que também é atriz… e ainda está na High School, então eu tenho que estar presente na vida delas”, conta. 

Até dezembro deste ano, Edmilson Filho tem, pelo menos, três bate-voltas para Los Angeles, quando ficará por mais tempo no Brasil gravando o filme “Cabras da Peste 2”, no Rio de Janeiro.

Cinema em ação

No audiovisual, o público pode esperar por várias produções com a presença de Edmilson Filho nos próximos anos. Além de “Cabras da Peste 2”, que começa a ser gravado em janeiro de 2026, sob direção do paulista Vitor Brandt e com Matheus Nachtergaele no elenco, o filme “O Shaolin do Sertão 2”, dirigido por Halder Gomes, entrou em fase de pós-produção. 

Bastidores de uma das várias produções do ator. Foto: Arquivo pessoal

“O “Shaolin do Sertão”, que é a sequência, é um dos filmes mais esperados que a gente já fez. Acho que o Shaolin ficou até maior do que o próprio “Cine Holliúdy”, em relação à força do personagem. É um personagem que eu vou carregar para a vida toda, com muito orgulho. Porque são pouquíssimos atores de cinema que têm um personagem que o identifica. Se eu perguntar, o Matheus Nachtergaele? Fez o João Grilo; o Paulo Gustavo? fez a Dona Hermínia… são pouquíssimos atores brasileiros que conseguem ter esses personagens tão marcantes. E isso para o público é muito bom”, comenta o ator. 

Teatro no radar

Fora das telas, Edmilson Filho relata a aposta em dois projetos inéditos para o teatro.

Leitura de textos, em grupo, antes do início de ensaios. Foto: Arquivo pessoal

Ainda em 2025, ele pretende lançar o espetáculo “Jesus era nordestino e eu não sabia”. “[…] é um tema que faz tempo que eu quero falar. Vai ser baseado em alguns vídeos meus no Instagram, que eu pegava a tradução das passagens bíblicas e jogava para o ‘cearencês’, para a nossa linguagem, sem deturpar o que é a mensagem bíblica, mas deixando uma linguagem mais popular. É uma coisa que eu tô muito envolvido!”, adianta. 

Já para 2026 está em desenvolvimento o musical “A visage da ópera”. “[vai ser] uma sátira do Fantasma da Ópera, uma adaptação do livro de 1910, que vai ser a primeira ópera musical cearense. E eu tô fazendo essa adaptação para ver se a gente consegue estrear ano que vem”.

“Primeira escolha”

Parte do sucesso de Edmilson Filho vem da parceria de longa data com o diretor Halder Gomes – na frente e atrás das câmeras – renovada agora com o recém-lançado “C.I.C. – Central de Inteligência Cearense”, que traz no elenco principal, além de Edmilson, Alana Ferri e Gustavo Falcão.

Edmilson Filho e Halder Gomes. Foto: Arquivo Portal IN

“É uma parceria de vida, né? Ele foi meu professor de taekwondo na academia, mas a gente começou a fazer artes marciais em momentos diferentes da vida, [ambos] por conta dos filmes de Hong Kong, de Kung Fu, Bruce Lee, Jackie Chan. E aí a gente hoje faz cinema usando os elementos principais dos nossos filmes, que é a comédia e as artes marciais. Então, realmente virou uma irmandade cinematográfica muito grande”, celebra Edmilson.

Negócios à parte

Apaixonado por charutos, tanto quanto pela atuação, Edmilson Filho decidiu transformar o hobby em investimento. Associado ao El Club Privado, charutaria exclusiva com unidades em Fortaleza, Brasília e Salvador, ele participa ativamente de ações desse universo.

Edmilson Filho é um grande apreciador de charutos. Foto: Arquivo pessoal

“É um hobby meu de muitos anos, desde 2009… e eu queria que isso virasse um negócio pra mim. Então, eu me associei ao El Club e a forma que eu posso colaborar mais é fazendo eventos com eles.”

Falando em eventos, no próximo dia 13 de setembro, às 19h30, no Iate Clube de Fortaleza, Edmilson apresentará um pocket show inédito, voltado para o universo do charuto, em comemoração aos cinco anos do El Club Privado.

A noite, sediada no Salão Veleiro do Iate Clube, contará também com um quarteto de jazz.

Par mais informações, acesse: El Club Privado