Cúpula na China
Líderes orientais defendem multilateralismo e ampliam cooperação
Por Julia Fernandes Fraga - Em 01/09/2025 às 11:42 AM

Presidente chinês em visita ao Brasil em 2024. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente da China, Xi Jinping, apresentou seu país como uma força de estabilidade econômica global durante a abertura da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), realizada nesta segunda-feira (1º), em Tianjin. Criada há mais de duas décadas, a OCS integra China, Rússia, Índia, Irã, Paquistão, Belarus e países da Ásia Central.
O encontro de dois dias reúne líderes de mais de 20 países em um momento em que os Estados Unidos, sob a política “América Primeiro” de Donald Trump, travam uma guerra tarifária e reduzem drasticamente a ajuda externa.
Investimentos
Xi anunciou 2 bilhões de yuans (US$ 280 milhões) em subsídios aos estados-membros da OCS ainda este ano e sugeriu a criação de um Banco de Desenvolvimento da organização para consolidar a segurança e a cooperação econômica entre os integrantes.
“Devemos alavancar a força de nossos mercados de grande porte e a complementaridade econômica entre os Estados-membros e melhorar a facilitação do comércio e do investimento”, defendeu o mandatário chinês, acrescentando que o grupo deve “tomar uma posição clara contra o hegemonismo e a política de poder, e praticar o verdadeiro multilateralismo”, pois “a governança global chegou a uma nova encruzilhada”.
Alianças
Ao lado de Xi Jinping na OCS, marcada pelo tom amistoso entre os chefes de Estado, estão o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan.
Na ocasião, Putin afirmou que a Organização representa um contrapeso ao modelo ocidental, pois “estabelece as bases políticas e socioeconômicas para a formação de um novo sistema de estabilidade e segurança na Eurásia”.
“Este sistema, diferentemente dos modelos eurocêntrico e euro-atlântico, consideraria genuinamente os interesses de uma ampla gama de países, seria verdadeiramente equilibrado e não permitiria que um país garantisse sua própria segurança às custas dos outros”, alegou o presidente russo.
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