Segundo o governo, a medida busca dar fôlego ao setor após sucessivos eventos climáticos extremos FOTO: Freepik

O governo federal apresentou nesta sexta-feira (5) um programa de apoio a agricultores endividados, com previsão de liberar entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões em novos financiamentos destinados à quitação de débitos antigos. A iniciativa será oficializada por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pacote, lançado durante a abertura da Expointer, no Rio Grande do Sul, foi elaborado em conjunto pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Ele contempla produtores que enfrentaram perdas superiores a 30% da safra e que atuam em regiões que decretaram, ao menos duas vezes nos últimos cinco anos, estado de emergência por desastres climáticos.

As linhas de crédito terão juros subsidiados: 6% ao ano para agricultores familiares, 8% para médios produtores e 10% para grandes empreendimentos. O prazo de pagamento será de até oito anos, com carência de um a dois anos.

Segundo o governo, a medida busca dar fôlego ao setor após sucessivos eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e a enchente histórica registrada no Rio Grande do Sul em 2024. O estado será um dos principais beneficiados, mas o programa tem abrangência nacional.

O Banco do Brasil, maior financiador do agronegócio no país, também deve ser impactado positivamente, já que a instituição vem enfrentando aumento da inadimplência na carteira rural.