Entre janeiro e agosto de 2025, o Brasil exportou 209 mil toneladas de carne bovina para os EUA, um avanço de 71,5%

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) reduziu de US$ 1 bilhão para cerca de US$ 300 milhões a projeção de perdas com as tarifas impostas pelos Estados Unidos à carne bovina brasileira. A avaliação é do presidente da entidade, Roberto Perosa, que atribui a queda à abertura de novos mercados e à diversificação das vendas.

Entre janeiro e agosto de 2025, o Brasil exportou 209 mil toneladas de carne bovina para os EUA, um avanço de 71,5% em relação ao mesmo período de 2024. A receita acumulada somou US$ 1,22 bilhão, alta de 68,9% na comparação anual. Apesar das tarifas, os norte-americanos seguiram como o segundo principal destino, atrás apenas da China.

Os efeitos mais fortes foram sentidos em agosto: as exportações ao mercado norte-americano recuaram 51,2%, para 9,4 mil toneladas, enquanto a receita caiu 39,5%, totalizando US$ 57,5 milhões.

Diante do cenário, a Abiec mantém a estratégia de negociação com os EUA, ao mesmo tempo em que observa oportunidades em outros países. O México se tornou o segundo maior comprador da carne bovina brasileira no acumulado do ano, com 80,9 mil toneladas adquiridas.

Segundo Perosa, a parceria mexicana pode ajudar a redirecionar parte da produção brasileira para mercados como Japão e Coreia do Sul, já habilitados a importar carne daquele país.