A Câmara Setorial de Saúde (CS Saúde), vinculada à Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), promoveu um encontro decisivo para discutir a formação e qualificação da mão de obra que será demandada pelo Complexo Tecnológico de Insumos Estratégicos Bio-Manguinhos, da Fiocruz, no Eusébio. E, também, nos polos industriais de Guaiúba e Maranguape.

Reunião da CS Saúde contou com a participação de atores públicos e privados             Foto: Gecom/FIEC

Durante a reunião, o presidente da CS Saúde, Marcos Soares, ressaltou a importância do setor químico na preparação da força de trabalho. “Estamos diante de uma oportunidade única para o Ceará se firmar como referência nacional em insumos farmacêuticos. O Sindquímica está mobilizando governo, academia e indústria para que a formação aconteça no tempo certo”, destaca.

A equipe da Fiocruz/Bio-Manguinhos apresentou projeções sobre qual a infraestrutura de pessoal que será necessária para o complexo. O empreendimento deverá gerar cerca de 1.200 postos de trabalho a partir de 2029, com previsão de iniciar a produção dos primeiros cinco Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) em 2031.

Além do complexo de saúde, também foram discutidas as necessidades de qualificação do Polo Químico de Guaiúba e Maranguape. Nesse contexto, a utilização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBOs) foi destacada como instrumento estratégico para orientar a capacitação de profissionais em diferentes níveis de escolaridade.

Para Marcos Soares, o êxito dependerá da ação conjunta entre setor produtivo, governo e academia. “Precisamos construir desde já um banco de dados com as demandas específicas da indústria cearense. Assim, poderemos alinhar a formação profissional às necessidades reais das empresas, garantindo competitividade e sustentabilidade ao setor”, reforça.

O encontro reuniu representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade de Fortaleza (Unifor), Unicristus, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), além do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e órgãos estaduais. O Senai Ceará também marcou presença, colocando sua expertise à disposição do processo de qualificação.