A PARTIR DE 2026
Reforma Tributária avança e impõe novos desafios às empresas
Por Redação - Em 17/09/2025 às 12:01 AM

Um dos pontos de atenção é o split payment, mecanismo que prevê o recolhimento automático dos tributos no momento do pagamento FOTO: Freepik
A reforma tributária, aguardada há décadas, começa a sair do papel e deve iniciar sua fase de testes já no início de 2026. A mudança substitui tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por dois novos impostos principais – o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) –, além de um imposto seletivo voltado a produtos como cigarros e bebidas alcoólicas.
O novo modelo aproxima o Brasil de práticas internacionais, adotadas na maioria dos países da OCDE, e tem como objetivo reduzir burocracia e simplificar o sistema tributário. Segundo especialistas, o impacto financeiro inicial será praticamente neutro, mas a exigência de adaptação tecnológica e de processos internos é imediata.
Com a CBS sendo cobrada a 0,9% e o IBS a 0,1% já em 2026, empresas precisarão ajustar sistemas de gestão, revisar contratos e capacitar equipes. “A transição será uma corrida contra o tempo, porque o desafio não é apenas normativo, mas também operacional”, apontam analistas.
Outro ponto de atenção é o split payment, mecanismo que prevê o recolhimento automático dos tributos no momento do pagamento. Para especialistas, essa mudança altera o fluxo de caixa das companhias e exige nova lógica de planejamento financeiro. Além disso, a obrigatoriedade de destacar impostos por fora dos preços demandará ajustes na contabilidade e nos registros de receita.
Há consenso entre os analistas de que o curto prazo será desafiador, especialmente para pequenas e médias empresas que ainda não iniciaram a adaptação. O risco de gargalos em tecnologia e mão de obra especializada é real, e pode afetar desde a emissão de notas fiscais até a precificação de produtos.
Apesar da complexidade, especialistas avaliam a reforma como positiva e necessária, capaz de reduzir disputas judiciais, incentivar a formalização da economia e aumentar a competitividade do país. Mas reforçam: a preparação precisa começar agora. “Não haverá espaço para improviso, e quem se antecipar terá vantagens significativas no futuro”, destacam.
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