Haddad disse que outras propostas estão sendo recalibradas para facilitar a aprovação da MP FOTO: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou, nesta quarta-feira (17), abertura para mudanças na medida provisória que amplia a tributação de investimentos. Ele afirmou que os parlamentares que defendem a exclusão das debêntures incentivadas da lista de ativos sujeitos à nova alíquota de imposto apresentam “bons argumentos”.

O relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), já adiantou que pretende retirar as debêntures do texto. A proposta do governo prevê cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre aplicações até então isentas, como LCIs, LCAs e debêntures incentivadas, além de elevar para 17,5% a alíquota de outros investimentos em renda fixa e variável.

A medida também inclui aumento da CSLL para fintechs, que passam a pagar 15%, e amplia a tributação sobre apostas esportivas, com a alíquota subindo de 12% para 18% sobre a receita bruta de jogos. O governo estima arrecadar R$ 10,5 bilhões em 2025.

Haddad disse que outras propostas estão sendo recalibradas para facilitar a aprovação da MP. Os rendimentos obtidos até dezembro de 2025 seguem as regras atuais, com tributação entre 15% e 22,5% dependendo do prazo da aplicação.

A medida, que ainda será analisada no Congresso, é considerada crucial para compensar a redução planejada do IOF e ampliar a base de arrecadação em setores de maior crescimento.