MERCADO BILIONÁRIO
Entre o fitness e o luxo: athleisure se consolida como tendência global e deve movimentar US$ 6 bilhões até 2033
Por Redação - Em 20/09/2025 às 12:01 AM

Entre os destaques dos tênis de corrida, estão lançamentos como o Adidas Adizero, vendido por R$ 4 mil
O athleisure, tendência que une moda esportiva e estilo de vida, deixou de ser sinônimo apenas de conforto e performance atlética para se tornar parte do guarda-roupa de alto padrão. No Brasil, a categoria tem conquistado consumidores de maior renda, que adotam tênis de corrida, leggings de compressão e tecidos tecnológicos não só para treinos, mas também em eventos sociais.
De acordo com o IMARC Group, o mercado brasileiro movimentou US$ 4,28 bilhões em 2024 e deve alcançar US$ 6 bilhões até 2033. Em escala global, a previsão é de que as vendas ultrapassem US$ 900 bilhões no mesmo período, segundo a Dimension.
A expansão reflete mudanças de comportamento. Atividades como corrida de rua, yoga e pilates se consolidaram como expressões de estilo de vida, abrindo espaço para roupas técnicas com apelo estético. Essa convergência chegou também às passarelas: a Dior, inspirada nas Olimpíadas de Paris, apresentou peças esportivas em sua coleção de primavera de 2025, enquanto a Balenciaga lançou itens em parceria com a Under Armour que podem custar até R$ 14 mil.

A canadense Alo Yoga abriu operações no país e a Loewe trouxe ao mercado local itens que vão de sapatilhas de balé por R$ 10 mil a óculos para corrida por R$ 5 mil
Além das maisons, marcas como Off-White, Lacoste e PANGAIA exploram a mistura de alta-costura, inovação e sustentabilidade. O luxo, antes centrado em bolsas e joias, agora incorpora produtos esportivos exclusivos, como pranchas de surfe da Fendi e raquetes personalizadas da Gucci.
No Brasil, a chegada de grifes internacionais reforça o potencial do segmento. Em 2024, a canadense Alo Yoga abriu operações no país e a Loewe trouxe ao mercado local itens que vão de sapatilhas de balé por R$ 10 mil a óculos para corrida por R$ 5 mil. Paralelamente, marcas nacionais se destacam com tecnologia própria. A Insider, por exemplo, já soma mais de 1 milhão de clientes em 40 países e faturou R$ 400 milhões no ano passado. Outras iniciativas, como o Ateliê Beauty, apostam em peças funcionais feitas com cristais bioativos para estimular a circulação e reduzir a fadiga muscular.
O movimento é global. Startups como a britânica Vollebak desenvolvem tecidos em laboratório, capazes de armazenar calor ou simular fibras naturais. Esse tipo de inovação tende a redefinir a percepção de valor do consumidor, segundo especialistas em tecnologia têxtil.
No guarda-roupa, o tênis de corrida tornou-se peça central. Ícone dos anos 1990, popularizado por Lady Di, o modelo voltou com força em 2025. Entre os destaques, estão lançamentos como o Adidas Adizero, vendido por R$ 4 mil, e os modelos da New Balance, que chegam a R$ 1,1 mil.
Combinando performance, design e exclusividade, o athleisure se consolida como uma das principais expressões do luxo contemporâneo.
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