DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS

Brasil prepara avanço em acordos comerciais com Índia e Canadá

Por Redação - Em 22/09/2025 às 12:01 AM

Conteiner, Exportações, Balança Comercial Foto Freepik

A busca por novos acordos reflete a necessidade de ampliar mercados e reduzir impactos da tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros FOTO: Freepik

Após concluir o tratado de livre comércio entre Mercosul e Efta — bloco formado por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein —, o Brasil se mobiliza para ampliar sua rede de parceiros comerciais. No início de outubro, o governo dará sequência às negociações com Índia e Canadá, em busca de reduzir barreiras tarifárias e diversificar mercados diante da pressão da política de tarifas dos Estados Unidos.

Nos dias 7 e 8 de outubro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, visitará Nova Delhi para abrir nova rodada de discussões com autoridades indianas. O objetivo é expandir o atual acordo entre o Mercosul e a Índia, que hoje cobre apenas 14% das exportações brasileiras — cerca de 450 categorias de produtos, em um universo de 10 mil.

O governo pretende incluir mais itens na lista de isenção, rever barreiras comerciais e buscar reduções tarifárias. Apesar do avanço esperado, técnicos avaliam que a atualização não será concluída em 2025. A meta estabelecida entre os países é elevar o comércio bilateral para mais de US$ 20 bilhões até 2030.

Retomada com o Canadá

Dois dias depois, em 10 de outubro, o Brasil sediará encontro entre chefes negociadores do Mercosul e Canadá, retomando tratativas interrompidas desde 2021. A reunião deve servir para definir cronograma e prioridades, abordando desde barreiras técnicas até temas sensíveis como propriedade intelectual e regras de origem.

A expectativa é que o acordo seja finalizado em 2026. No mês anterior, o Brasil já havia realizado missão comercial em Toronto para fortalecer o ambiente de negócios e pavimentar o caminho para a retomada das conversas.

Estratégia brasileira

A busca por novos acordos reflete a necessidade de ampliar mercados e reduzir impactos da tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. A aposta do governo é diversificar parcerias, com foco em países emergentes e desenvolvidos, para dar mais previsibilidade às exportações nacionais.

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