QUEDA DE 1,11%

Dólar fecha em R$ 5,27 após anúncio de reunião entre Trump e Lula

Por Redação - Em 23/09/2025 às 5:32 PM

Dólar

Com o movimento, a moeda americana acumula queda de 14,57% no ano

O dólar encerrou a terça-feira (23) em forte baixa frente ao real, cotado a R$ 5,2787, menor valor de fechamento desde junho do ano passado. A queda de 1,11% foi impulsionada pela sinalização de aproximação entre Brasil e Estados Unidos, após Donald Trump confirmar que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana, em Nova York.

O mercado interpretou a notícia como um gesto de distensão diplomática, em meio às tensões recentes. Um dia antes, Washington havia ampliado sanções contra autoridades brasileiras ligadas ao Supremo Tribunal Federal, o que agravou a crise entre os dois países.

Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump elogiou Lula e afirmou ter tido uma breve conversa com o petista antes da sessão. Segundo analistas, a expectativa é de que a reunião bilateral trate de tarifas comerciais, sanções e possíveis áreas de cooperação. Será o primeiro encontro formal entre os dois líderes desde o retorno do republicano à Casa Branca.

Na B3, o dólar futuro para outubro recuou 1,09%, a R$ 5,2870. Com o movimento, a moeda americana acumula queda de 14,57% no ano.

No cenário doméstico, a divulgação da ata do Copom reforçou a estratégia do Banco Central de manter a Selic em 15% por período prolongado, avaliando os efeitos do aperto monetário sobre a inflação. Para o economista Paulo Gala, trata-se de um “novo estágio” da política monetária, com o ciclo de altas encerrado.

A combinação de juros elevados no Brasil e a perspectiva de cortes pelo Federal Reserve segue aumentando a atratividade do real para investidores. Ainda assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que há espaço para redução das taxas.

Em paralelo, os dados da Receita Federal mostraram queda de 1,5% na arrecadação de agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 208,8 bilhões — a primeira retração de 2025.

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