POTENCIAL DE MERCADO
Ceará movimenta R$ 340 milhões em projetos de inovação e impacto social
Por Marcelo Cabral - Em 30/09/2025 às 12:54 PM
O Ceará consolida-se como referência nacional na transformação de pesquisa científica em valor econômico e social. A Fundação Fastef, especializada na gestão de recursos para projetos de inovação aplicada, administra um portfólio de R$ 340 milhões, articulando ciência, inovação, mercado e impacto social em iniciativas que extrapolam os muros acadêmicos.

Projetos utilizam muita tecnologia, inclusive IA, para potencializar resultados Foto: Divulgação
Entre os projetos emblemáticos, destaca-se a implantação de uma usina-modelo destinada a converter esgoto em energia limpa. Financiada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), com aporte superior a R$ 8 milhões, a iniciativa aposta na economia circular e abre caminho para soluções replicáveis no setor de saneamento básico – um mercado em franca expansão, repleto de oportunidades para novos modelos de negócio.
No campo da saúde, os avanços ganham corpo com a nanotecnologia. Uma pesquisa apoiada pela Finep busca desenvolver terapias anticâncer mais eficazes e acessíveis, rompendo barreiras de custo e ampliando o alcance de tratamentos de última geração. Paralelamente, tecnologias assistivas despontam como fronteira promissora, com destaque para interfaces cérebro-computador e jogos digitais voltados à reabilitação cognitiva de jovens com deficiência, em projetos apoiados pelo Sebrae Ceará e pela Embrapii. O segmento alia inovação, inclusão social e potencial de mercado.
A relevância das iniciativas também alcança setores estratégicos da economia. O monitoramento da qualidade de combustíveis e lubrificantes no Estado reforça mecanismos de fiscalização, protege o consumidor e fortalece a competitividade em um setor bilionário. Já a modernização da regulação hídrica, em projeto apoiado pela Agência Nacional de Águas, mobiliza quase R$ 5 milhões e traz impactos diretos para a segurança hídrica e a sustentabilidade de múltiplos segmentos produtivos.
“Nosso papel é transformar conhecimento em alavanca social e econômica. Ao conectar academia, empresas e órgãos de fomento, geramos não apenas inovação, mas desenvolvimento sustentável e valor agregado”, afirma Joaquim Perucio, diretor-presidente da Fastef.
Com planos de expansão para outros estados do Nordeste e foco em parcerias internacionais, a fundação projeta o Ceará como um verdadeiro laboratório de integração entre ciência e economia. O modelo, além de gerar competitividade e soluções para gargalos históricos, abre novas oportunidades de negócios que podem inspirar iniciativas em todo o Brasil.
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