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Esportes náuticos transformam Fortaleza em destaque do turismo de experiência

Por Marcelo Cabral - Em 30/09/2025 às 2:54 PM

Evento no Sebrae reuniu representantes de escolas e clubes náuticos, com o trade turístico ceanrese

O Sebrae Ceará promoveu, nesta terça-feira (30), o 1º Encontro de Integração de Esportes Náuticos e Turismo de Experiências, em Fortaleza, reunindo empresários do setor, agentes de viagens, hotéis, guias e entidades do trade turístico. O evento destacou o potencial econômico do turismo náutico, segmento que movimentou R$ 1,145 bilhão na economia cearense em 2024 e que deve crescer 21,2% este ano, com gasto médio per capita de R$ 3.975,45.

A proposta é clara: transformar práticas como canoa havaiana, stand-up paddle e caiaque em experiências memoráveis no mar da capital cearense. Afinal, existem 13 escolas ou bases capazes de reunir até 300 pessoas simultaneamente na orla marítima da cidade – reforçando Fortaleza como destino de vivências exclusivas ligadas à natureza.

Experiência em destaque

A Athēná Canoagem, sediada no Iate Clube de Fortaleza, abriu as apresentações das escolas náuticas inscritas. O empresário Cláudio Machado apresentou o portfólio da escola, que vai de passeios turísticos em canoa havaiana a vivências corporativas e celebrações no mar.

Cláudio Machado apresentou o portfólio da Athēná Canoagem

Sua sócia e esposa, Ana Thereza Matos, destacou o alinhamento da iniciativa do Sebrae. “Pela manhã, o Cláudio realizou a apresentação, e quero destacar a inclusão dos esportes náuticos ao roteiro turístico de Fortaleza. À tarde teremos uma rodada de negócios e amanhã deverei me reunir com a Ivana Bezerra, presidente da ABIH Ceará. O foco da nossa apresentação foi para o trade turístico e foi muito bem aceito. Esse é só o começo de uma negociação que deverá ter muito sucesso. Vamos montar uma experiência com os donos dessas agências conosco, sempre com muita segurança”.

Potencial reconhecido pela hotelaria

O setor hoteleiro, um dos grandes beneficiados com a expansão do turismo de experiências, também marcou presença. A presidente da ABIH-CE, Ivana Bezerra, ressaltou a surpresa diante da dimensão do segmento na Capital. “Não tinha noção da grandiosidade da canoagem, de quantas pessoas podem estar no mar ao mesmo tempo, e isso é muito bonito. Para nós é um presente, pois existe uma luta muito grande da hotelaria, para manter os hóspedes na cidade. É um atrativo diferente para aquelas pessoas que vêm a uma feira, um congresso e podem começar o dia de uma forma muito saudável, inclusive com suas famílias”.

Ela lembrou o impacto cultural e econômico que os esportes náuticos podem alcançar, oferecendo nova experiências. “Aquilo que você leva no coração. Já fizemos isso com nossa equipe de Hotel Sonata, com a Hale Kay, e é muita coisa que o esporte náutico agrega. Além dos eventos, como o Molokabra, que trouxe muita gente de fora, pessoas que talvez nem viriam a Fortaleza, mas conheceram os atrativos da nossa cidade e vão voltar como turistas de lazer, vão divulgar nossas belezas mundo afora, dando muita visibilidade, movimentando a economia e, quem sabe, a canoagem se torne para Fortaleza aquilo que o kitesurf se tornou para o Ceará”, complementa Ivana.

Molokabra e Copa do Mundo de Canoagem

O Molokabra, maior evento de remo, canoagem e vela do Brasil, também foi lembrado como catalisador de desenvolvimento turístico e econômico. Segundo o cirurgião-dentista Alexandre Nogueira, um dos idealizadores da competição, a edição deste ano reuniu atletas de 18 estados e 15 países, movimentando a rede hoteleira, bares e restaurantes, durante oito dias.

Ele anunciou ainda a consolidação de Fortaleza no cenário internacional. “E uma grande notícia é que recebemos o representante da Confederação Internacional de Canoagem, para conhecer o Molokabra e o nosso evento vai ser Copa do Mundo de Canoagem em 2026. Para os esportes náuticos locais é importante, pois impulsiona o desenvolvimento do posto de vista técnico, fomenta o turismo e valoriza a cultura do Ceará. E a iniciativa do Sebrae faz essa ponte entre o esporte e o turismo, gerando renda e melhorando a economia do Estado”, conclui.

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