ORÇAMENTO
EUA enfrentam primeira paralisação do governo em quase sete anos
Por Redação - Em 01/10/2025 às 8:59 AM

A Casa Branca determinou que as agências federais coloquem em prática planos emergenciais para suspensão de recursos
O Congresso norte-americano não conseguiu aprovar o orçamento dentro do prazo legal, resultando na primeira paralisação do governo dos Estados Unidos em quase sete anos — e a terceira durante a gestão do presidente Donald Trump.
Com o impasse político, a Casa Branca determinou que as agências federais coloquem em prática planos emergenciais para suspensão de recursos. Apenas serviços considerados essenciais continuam funcionando, enquanto centenas de milhares de servidores foram afastados, interrompendo atividades públicas em todo o país.
A disputa entre republicanos e democratas, centrada em subsídios de saúde, também é vista como um movimento estratégico às vésperas das eleições legislativas de 2026. Analistas avaliam que, caso a paralisação dure três semanas, a taxa de desemprego pode subir para 4,6% ou 4,7%, contra 4,3% registrados em agosto, segundo estimativas da Bloomberg Economics.
Trump declarou que pretende aproveitar o fechamento para promover cortes permanentes na máquina pública, além da dispensa temporária de cerca de 750 mil funcionários federais. A medida se somaria à saída de aproximadamente 150 mil servidores em programas de desligamento, ampliando os impactos econômicos e pressionando regiões dependentes do setor público, como a área metropolitana de Washington, DC.
Embora parte das perdas seja normalmente recuperada após o fim do bloqueio orçamentário, o histórico mostra que os efeitos não desaparecem por completo. Na paralisação de 2018-2019, por exemplo, de US$ 11 bilhões em produção perdida, US$ 3 bilhões não foram recuperados, de acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso.
O fechamento atual já provoca reflexos: a divulgação de dados oficiais, como o relatório de emprego, será adiada, dificultando a análise do Federal Reserve sobre política monetária. Nos mercados, bolsas asiáticas e futuros de Wall Street recuaram, enquanto o dólar perdeu força diante de moedas estrangeiras, em meio ao temor de queda no consumo e atraso em indicadores econômicos cruciais.
Para investidores, o risco agora é a possibilidade de uma paralisação prolongada. Após a valorização expressiva das bolsas neste ano, uma correção acelerada pode ganhar força diante da incerteza fiscal e política em Washington.
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