Embarcação com deputada Luizianne Lins é interceptada por Israel durante missão humanitária

rumo a Gaza

Por Marlyana Lima - Em 01/10/2025 às 8:41 PM

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Deputada cearense Luizianne Lins está a bordo da embarcação que foi interceptada

O bloqueio naval de Israel voltou a ganhar repercussão internacional nesta quarta-feira (1º), após a interceptação do barco Grande Blu, onde se encontra a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e outros nove integrantes da missão humanitária Global Sumud Flotilla. A embarcação se dirigia à Faixa de Gaza carregada de água, alimentos e medicamentos destinados à população palestina, que enfrenta escassez e ataques constantes há quase dois anos.

A expectativa, reforçada por manifestações de apoio de diversos países, era de que a flotilha conseguisse romper o bloqueio marítimo e entregar ajuda diretamente às comunidades. No entanto, a operação militar israelense reacendeu temores de prisão, deportação e retenção dos ativistas, repetindo o que ocorreu em junho com o barco Madlen, da Flotilha da Liberdade.

Antes de perder contato com seu gabinete, em vídeo compatilhado em suas redes sociais, a deputada cearense afirmou que estava sendo sequestrada pelas forças israelenses. Em texto que acompanha o depoimento, reitera: “A Missão, que se encheu de esperança nos últimos dias pela solidariedade e atenção internacional, foi hoje violentamente interrompida em mais um ato de violação do direito internacional”.

E completa: “As autoridades brasileiras e organismos internacionais já estão sendo acionados para garantir a integridade da parlamentar e de todos(as) os(as) voluntários(as). Contamos com a solidariedade e mobilização de todas e todos para denunciar este crime e exigir a imediata libertação da flotilha”.

Mobilização política no Brasil

Antes de sua participação na missão, Luizianne Lins havia solicitado apoio oficial. Em 17 de setembro, a deputada enviou ao Ministério das Relações Exteriores um ofício pedindo proteção diplomática à delegação brasileira composta por 15 pessoas.

O Itamaraty respondeu em 11 de setembro, garantindo que acompanha o caso e que prestaria assistência consular e política em caso de captura dos cidadãos brasileiros. Em 26 de setembro, 37 deputados federais também assinaram um documento pedindo ao governo federal medidas de proteção aos tripulantes.