EXPERIÊNCIA COMPLETA
Companhias aéreas dos EUA ampliam luxo a bordo para atender nova geração de viajantes premium
Por Redação - Em 06/10/2025 às 5:00 AM

United, Delta e American reformulam cabines com suítes privativas, menus sofisticados e foco em fidelização
O mercado de aviação comercial vive uma nova corrida pelo conforto. Mesmo com a incerteza econômica global, cresce o número de passageiros dispostos a pagar mais por experiências diferenciadas em voos de longa distância. Atentas a esse movimento, companhias como United, Delta e American Airlines estão reformulando suas cabines e ampliando os serviços voltados ao público premium.
Segundo o CEO da United Airlines, Scott Kirby, a demanda por produtos de maior qualidade sempre existiu, mas as empresas não estavam preparadas para atendê-la. “Agora temos um portfólio capaz de oferecer luxo e tecnologia a bordo, e os passageiros estão dispostos a investir nisso”, afirmou.
A United apresentou recentemente seu novo interior Elevated para aeronaves Boeing 787-9, que estrearão em 2026 nas rotas entre São Francisco, Londres e Singapura. O modelo inclui oito suítes Polaris Studio com portas de privacidade, telas de 27 polegadas, serviço de caviar, pijamas com capuz e fones com cancelamento de ruído. A empresa pretende ter ao menos 30 aviões nesse padrão até 2027. No segundo trimestre, a receita premium da United cresceu 5,6%, enquanto a obtida com a cabine econômica recuou.
A Delta e a American seguem o mesmo caminho. A Delta expandiu as Delta One Suites e a Premium Select — lançadas originalmente em rotas internacionais — para o mercado doméstico, enquanto a American introduziu as Flagship Suites em suas novas aeronaves Boeing 787-9 e em modelos reformulados como o 777-300 e o Airbus A321XLR. Esses assentos incluem portas individuais, mais espaço e recursos como base de carregamento sem fio e menu com vários pratos.
Fidelização
O investimento vai além do design das cabines. As companhias estão ampliando benefícios como embarque prioritário, check-in e bagagem diferenciados, além do acesso a lounges exclusivos. Programas de fidelidade e cartões de crédito co-branded se tornaram parte central da estratégia: os clientes que aderem a esses serviços acumulam pontos mais rapidamente e são incentivados a migrar para produtos premium.
A Delta, por exemplo, já obtém mais de 50% de sua receita de produtos e serviços de alto valor, taxas adicionais e gastos com cartão de crédito, segundo o presidente Glen Hauenstein.
Tendência duradoura
Para especialistas do setor, o perfil do viajante mudou. A busca por experiências personalizadas, impulsionada pela retomada pós-pandemia e pela prática de combinar viagens de negócios e lazer, tornou o segmento premium mais resiliente.
“Os passageiros esperam mais do que um bom assento. Querem uma jornada fluida desde a reserva até o desembarque”, avalia Geoff Ryskamp, consultor da Medallia. A tendência indica que, mesmo em cenários econômicos desafiadores, o luxo a bordo veio para ficar.
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