AGRONEGÓCIO
PIB da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 11,3% em 2025 com safra recorde e alta demanda
Por Redação - Em 17/10/2025 às 1:32 PM

A China segue como o principal destino da soja brasileira, enquanto União Europeia e Sudeste Asiático lideram as compras de farelo FOTO: Wenderson Araujo/Trilux
O Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia da soja e do biodiesel deve registrar crescimento de 11,29% em 2025, impulsionado por uma safra histórica e pela expansão do processamento industrial. A projeção é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
De acordo com o levantamento, o setor deve representar 21,1% do PIB do agronegócio e 6,1% do PIB nacional, consolidando-se como um dos principais motores da economia brasileira.
A produção recorde de 170,3 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25, resultado de ganhos de produtividade e ampliação da área plantada, explica boa parte da expansão. Dentro da porteira, o PIB da soja deve crescer 23,4%, segundo o Cepea.
Na agroindústria, o avanço projetado é de 4,02%, impulsionado pelo ritmo intenso do esmagamento de soja, cuja demanda é sustentada pela produção de biodiesel. Desde 1º de agosto, a mistura obrigatória do biocombustível ao diesel subiu para 15% (B15), fator que deve elevar ainda mais o processamento no país.
O estudo estima crescimento de 9% nos agrosserviços e de 2,7% no setor de insumos. O aumento do volume processado de soja vem impulsionando também o mercado de trabalho: o número de pessoas empregadas na cadeia da soja e do biodiesel subiu 4,2% no segundo trimestre, totalizando 2,33 milhões de trabalhadores — o equivalente a 10% da força de trabalho do agronegócio.
O segmento de insumos teve a maior alta no emprego (+4,51%), seguido por agrosserviços (+9,9%) e agroindústria (+0,74%).
Exportações
Entre abril e junho, as exportações da cadeia da soja somaram 49,68 milhões de toneladas, alta de 1,5% na comparação anual. A receita, porém, recuou 8,3%, para US$ 19,47 bilhões, em razão da queda de preços internacionais — de 9,56% para a soja em grão e 15,7% para o farelo — compensada parcialmente pela alta de 9,56% no óleo de soja.
A China segue como o principal destino da soja brasileira, enquanto União Europeia e Sudeste Asiático lideram as compras de farelo. Já a Índia permanece como maior importadora de óleo de soja, respondendo por mais de 70% das exportações do derivado.
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