IBGE
Desemprego se mantém em 5,6% e atinge menor nível histórico
Por Redação - Em 31/10/2025 às 3:44 PM

O total de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões, novo recorde histórico
A taxa de desemprego no Brasil encerrou o terceiro trimestre de 2025 em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado na série histórica do IBGE. O número de pessoas sem trabalho caiu para 6,04 milhões, o menor contingente desde o início da pesquisa, em 2012, confirmando a força do mercado de trabalho brasileiro — embora economistas alertem para possíveis sinais de estabilidade após meses de forte recuperação.
O resultado representa uma queda em relação aos 5,8% do trimestre anterior e aos 6,4% do mesmo período de 2024. Mesmo assim, o índice ficou ligeiramente acima da expectativa de 5,5% projetada por analistas ouvidos pela Reuters.
Segundo a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, a manutenção da taxa em 5,6% por três meses consecutivos reflete tanto um mercado aquecido quanto fatores sazonais de fim de ano. “Ainda há espaço para ajustes, com o avanço das contratações temporárias”, explicou.
Para André Valério, economista do Inter, a estabilidade recente pode indicar o início de um ciclo de desaceleração. “O mercado segue robusto, mas a repetição da taxa sugere que podemos estar próximos de um ponto de virada”, afirmou.
O total de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões, novo recorde histórico, enquanto os trabalhadores com carteira assinada somaram 39,2 milhões, alta de 0,5% no trimestre. Já os informais recuaram 0,3%. A renda média real atingiu R$ 3.507, avanço de 0,3% no trimestre e 4% em relação a 2024.
O Banco Central avalia que o mercado de trabalho aquecido continua a sustentar o consumo, o que torna mais desafiado o controle da inflação. A autarquia manteve a taxa Selic em 15%, indicando um período prolongado de estabilidade.
Apesar das perspectivas de moderação, o saldo de empregos formais segue positivo: segundo o Caged, o país abriu 213 mil vagas com carteira assinada em setembro, o melhor resultado desde abril. Para os economistas, os dados reforçam que, mesmo com leve desaceleração à vista, o mercado de trabalho brasileiro continua firme e com desemprego em níveis historicamente baixos.
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