Desde agosto, as exportações brasileiras para os Estados Unidos vêm registrando queda após a imposição de tarifas totais de 76,4% FOTO: Freepik

O setor exportador de carne bovina brasileira projeta um desfecho positivo nas negociações com os Estados Unidos para a redução das tarifas adicionais impostas ao produto. A expectativa é de que o impasse seja resolvido em até 60 dias, segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Roberto Perosa.

O dirigente afirmou que o segmento está otimista após o encontro recente entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado na Malásia, que teria sinalizado uma reaproximação comercial entre os dois países.

Desde agosto, as exportações brasileiras para os Estados Unidos — segundo maior destino da carne nacional, atrás apenas da China — vêm registrando queda após a imposição de tarifas totais de 76,4%, das quais 50% são adicionais. Antes da medida, o imposto era de 26,4%.

Perosa destacou que a retirada ou redução dessas taxas é essencial para restabelecer o fluxo comercial e fortalecer a competitividade do produto brasileiro no mercado norte-americano.

Expansão das negociações

Além da carne bovina, o Brasil também busca reduzir tarifas sobre o café, outro item de grande relevância na pauta de exportações. Os Estados Unidos são o maior consumidor e principal importador de café brasileiro, e o governo pretende aproveitar o momento para ampliar as tratativas em outros setores.

O avanço dessas negociações é visto como estratégico para equilibrar a balança comercial e consolidar o papel do Brasil como grande fornecedor global de alimentos.