Alta exclusividade
Mercado de luxo cresce 26% no Brasil e movimenta mais de R$ 80 bilhões com novos perfis de consumo
Por Redação - Em 11/11/2025 às 12:01 AM

O desempenho brasileiro contrasta com o ritmo global, que avançou apenas 3% ao ano, pressionado pela desaceleração do consumo na Ásia, especialmente na China FOTO: Freepik
O Brasil consolida-se como um dos principais motores do luxo mundial, registrando um crescimento de 26% nas vendas entre 2022 e 2024, o que equivale a uma média anual de 12%, segundo a segunda edição do relatório “A nova era de crescimento do mercado de luxo”. O desempenho brasileiro contrasta com o ritmo global, que avançou apenas 3% ao ano, pressionado pela desaceleração do consumo na Ásia, especialmente na China.
Os setores de moda e artigos pessoais, imóveis e automóveis lideraram o ranking, com R$ 21 bilhões em vendas cada, refletindo a força do luxo tangível e aspiracional no país. Em seguida, vieram saúde e bem-estar (R$ 17,3 bilhões), aviação executiva (R$ 6,5 bilhões), arte e mobiliário (R$ 4,2 bilhões), hotelaria e experiências (R$ 3,8 bilhões) e iates (R$ 2,1 bilhões).
Apenas o segmento de bebidas finas, com cerca de R$ 1 bilhão, apresentou retração — uma exceção em meio ao avanço generalizado.
Comparado a mercados tradicionais, o crescimento brasileiro se aproxima do japonês, embora o Japão ainda mantenha 13% a mais em volume total. Entre os nichos com maior expansão percentual destacam-se automóveis (+18%), hotelaria (+16%), saúde (+15%) e imóveis (+13%).
Luxo sob demanda e pronta entrega
A busca por experiências imediatas e exclusivas tem redefinido o consumo premium. Empresas brasileiras do setor automotivo têm apostado em importações diretas dos Estados Unidos para oferecer modelos de alto padrão à pronta entrega.
Cada veículo passa por um processo de curadoria que inclui avaliação de procedência, autenticidade e performance, atendendo a um público que valoriza sofisticação e exclusividade.
Quem são os novos consumidores do luxo
O estudo identificou cinco perfis comportamentais que explicam o novo momento do setor:
– Céticos, que ponderam o valor real da compra;
– Emotivos, movidos por memórias afetivas e conquistas pessoais;
– Integradores, que buscam pertencimento e reconhecimento social;
– Influentes, que usam o luxo como expressão de autoridade e conhecimento;
– Conquistadores, que exibem o prestígio e as realizações obtidas.
Mais do que ostentação, o consumo de luxo no Brasil expressa identidade, propósito e experiência. A combinação de crescimento econômico, influência digital e valorização da qualidade de vida coloca o país no radar das marcas globais — e indica que o luxo brasileiro entrou, de fato, em uma nova era de expansão sustentável e emocionalmente conectada.
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