empresa de alimentos
MBRF registra lucro de R$ 94 milhões no 3º trimestre e cita impacto da gripe aviária
Por Redação - Em 12/11/2025 às 10:19 AM

Apesar dos desafios, a MBRF afirmou que segue confiante na integração das operações e expansão internacional
A MBRF, empresa de alimentos resultante da fusão entre Marfrig e BRF, reportou lucro líquido de R$ 94 milhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 62% em relação a igual período de 2024. O recuo foi atribuído principalmente à desaceleração das operações herdadas da BRF, ainda afetadas pelos reflexos da gripe aviária registrada em maio no Brasil.
Segundo o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, José Ignácio Scoseria Rey, a menor performance da BRF foi o principal fator por trás da retração no lucro. O presidente Miguel Gularte, contudo, destacou que, em relação ao segundo trimestre, o resultado líquido avançou 10%, mostrando recuperação gradual.
Mesmo diante das restrições sanitárias, a MBRF registrou recorde histórico de volume vendido, impulsionado, segundo a empresa, pela eficiência operacional e execução comercial. O total alcançou 2,1 milhão de toneladas, alta de 3,7% em relação a igual período de 2024 — sendo 1,37 milhão no mercado interno (+4,9%) e 732 mil toneladas no externo (+1,7%).
A receita líquida consolidada somou R$ 41,8 bilhões, crescimento de 9,2%, enquanto o Ebitda ajustado foi de R$ 3,5 bilhões, queda de 8,6%, resultando em margem de 8,4%, 1,6 ponto percentual inferior à de 2024. A companhia explicou que a redução do Ebitda decorreu da compressão de 14,9% no resultado da BRF, impactada pelos embargos temporários às exportações de frango e pelo aumento dos custos de grãos e óleos.
A América do Norte respondeu por 47% da receita total, seguida pela BRF (39%) e América do Sul (14%). Apesar da menor oferta de gado nos Estados Unidos, as operações sul-americanas e de alimentos processados da BRF atingiram recordes de vendas, com 340 mil clientes atendidos e 16 novas habilitações para exportação no trimestre.
A dívida líquida consolidada encerrou setembro em R$ 41,35 bilhões, aumento de 10% sobre o trimestre anterior, influenciada pela elevação de participação na BRF e pelo pagamento de direitos de recesso. O índice de alavancagem subiu para 3,31 vezes o Ebitda ajustado.
Apesar dos desafios, a MBRF afirmou que segue confiante na integração das operações e expansão internacional, ressaltando que a retomada das exportações à China em novembro deve contribuir para a recuperação dos resultados nos próximos trimestres.
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