O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) anunciaram a parceria em um novo programa de cooperação que mobiliza € 300 milhões – R$ 1,82 bilhão, pelo câmbio desta quinta-feira (13) – para impulsionar o desenvolvimento sustentável. Estes recursos serão aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e o comunicado foi realizado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

Rémy Rioux, Sérgio Suchodolski, Aldemir Freire, Dominique Hautbergue e Paulo Simplício, anunciaram a nova parceria durante a COP30                                                                Foto: Fernando Cavalcante/BNB

Desse montante, € 120 milhões – R$ 736,8 milhões – serão direcionados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), operado em parte pelo Banco do Nordeste (BNB). O aporte reforçará a capacidade de financiamento da instituição em iniciativas de energia renovável, saneamento básico, infraestrutura urbana e agricultura resiliente – áreas consideradas estratégicas para as transições energética e ecológica, além da redução de vulnerabilidades sociais.

O diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, ressaltou o caráter estruturante da cooperação com a instituição francesa. “A AFD já é parceira do Banco do Nordeste, com € 150 milhões (R$ 921 milhões) captados e aplicados em projetos de impacto. Este novo aporte chega em um momento oportuno, em que o Nordeste se consolida como polo central da matriz energética nacional”, afirmou.

Para o titular do MIDR, Waldez Góes, o acordo representa um marco para a agenda climática e regional do País. “Estamos em uma COP na Amazônia, uma oportunidade única para garantir que o financiamento climático destinado a investimentos resilientes e de baixo carbono possa não apenas impulsionar o crescimento, mas também reduzir desigualdades e promover inclusão para as populações que vivem aqui”, declarou.

Esta iniciativa integra os objetivos da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e se alinha à Declaração de Belém, firmada durante a COP30, que reafirma o papel estratégico dos fundos regionais na construção de uma transição justa e na resposta aos impactos das mudanças climáticas.