O Programa de Educação Executiva Internacional em Economia Azul segue em Lisboa, reunindo líderes empresariais, executivos e gestores do Ceará para uma imersão estratégica sobre o papel das novas tecnologias e da inteligência artificial no desenvolvimento sustentável dos oceanos. A iniciativa é promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com apoio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) e parceria da Nova School of Business & Economics (Nova SBE). Ao todo, 28 participantes integram a comitiva cearense.

Empresários e gestores do Ceará participam do evento em Portugal até amanhã         Fotos: Gecom/FIEC

A agenda teve início na Nova SBE, onde os participantes acompanharam a aula ‘AI, inovação e tecnologia e suas intersecções em Economia Azul’, conduzida pelo professor Leidi Zejnilovic, doutor em Mudança Tecnológica e Empreendedorismo pela Universidade Carnegie Mellon e pela Católica-Lisboa School of Business and Economics. Em sua exposição, ele apresentou um panorama abrangente sobre como a inteligência artificial tem potencial para transformar a economia azul, otimizando processos, reduzindo impactos ambientais e criando novas oportunidades para negócios sustentáveis em escala global.

Com uma trajetória marcada por experiências que vão da Bósnia a Portugal, o professor compartilhou vivências pessoais e apresentou projetos de grande impacto, como a plataforma ‘Patient Innovation’ e o uso de blockchain aplicado à comercialização de créditos de carbono. “É como vender o ar que uma árvore ainda vai produzir ao longo da vida”, resumiu, ao explicar a lógica de antecipação de valor das soluções ambientais.

Inovação para reduzir emissões

Ele também destacou iniciativas brasileiras, exemplificando o caso de empresas do setor cerâmico que substituíram lenha nativa por biomassa, gerando créditos pela redução de emissões. “A inovação e a tecnologia devem servir aos humanos, mas precisamos de inteligência e governança para que isso aconteça”, enfatizou Leidi Zejnilovic. A programação em Portugal segue até amanhã, ampliando o debate sobre inovação aplicada ao mar.

A comitiva visitou, ainda, a Algae for Future (A4F), empresa portuguesa de referência em biotecnologia de microalgas. No local, os participantes conheceram projetos que transformam algas em insumos para a indústria alimentícia, cosmética, agrícola e energética – uma demonstração prática de como a biotecnologia marinha pode gerar produtos de alto valor agregado e contribuir de forma decisiva para a descarbonização da economia.

O grupo também esteve na Fundação Oceano Azul, instituição reconhecida em Portugal pela atuação na conservação marinha. A fundação conduz projetos de literacia dos oceanos, proteção da biodiversidade e fortalecimento da economia do mar como eixo estratégico para um futuro sustentável. Com a programação em Lisboa, os líderes cearenses ampliam seu repertório, fortalecem conexões e reforçam o compromisso do Ceará com a agenda global da Economia Azul, que ganha relevância crescente como vetor de inovação, competitividade e sustentabilidade econômica.

Comitiva cearense também visitou a Fundação Oceano Azul para o fortalecimento da economia do mar